Essa é uma pergunta difícil de responder. Que ele cometeu crimes não há a menor dúvida, e ele mesmo assumiu tais crimes várias vezes. Mas uma coisa é você cometer um ou mais crimes, outra, bem diferente, é você ser julgado e preso. Então o destino de Bolsonaro dependerá muito mais do desenvolvimento das relações políticas e econômicas no Brasil e no mundo do que da Justiça e de julgamento de crimes por ele cometidos.
Politicamente será necessário observar se o atual governo irá assumir plenamente todas as demandas do sistema (aqui incluídas as da elite financeira nacional e internacional). Se assumir essas demandas plenamente a possibilidade de buscarem tirar Bolsonaro definitivamente de cena será grande. Ainda mais se as indicações de Alckmin será indicado como sucessor forem grandes o suficiente, já que Haddad não irá se habilitar eleitoralmente a isso (explico mais a frente).
Caso o atual governo não assuma essas pautas hegemônicas Bolsonaro será mantido como uma espada pronta a cortar o pescoço desse governo. Uma carta na manga e uma chantagem prolongada, até porque já vimos que os tempos da Justiça variam de acordo com os interesses envolvidos.
O outro viés é econômico. O atual governo (assim como os anteriores) não estão colocados lá para atender os interesses do povo, para promover desenvolvimento, ou para dar atenção à atividade produtiva. Ao contrário, ele está ali para garantir a primazia do setor financeiro, e que o governo siga sendo uma máquina de sugar dinheiro dos setores produtivos e do povo para irrigar as contas dos grandes investidores e especuladores nacionais e internacionais que atuam no Brasil. Essa é a economia deles.
E é por isso que Haddad não irá se habilitar eleitoralmente. A tendência é que essa política, que até agora vem sendo observada pelo Ministro de Fazenda de Lula, não será capaz de gerar ganhos e melhoras sensíveis na economia ou na vida dos brasileiros, e isso irá acabar com suas chances de eleição. Aí tentarão emplacar outro representante do sistema, e o sempre queridinho é Alckmin. Qualquer tentativa de se rebelar a essa indicação e nossas forças do direito poderão agir para recolocar as coisas em seus lugares.
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