Calma pessoal, não falamos do estado do Sudeste brasileiro, mas da ex-nau capitância da Marinha do Brasil, o porta-aviões São Paulo. O navio aeródromo foi comprado por uma empresa turca há alguns meses, e esta tentou levá-lo para um estaleiro na Turquia, onde a embarcação seria transformada em sucata. Só que esta operação foi abortada quando o São Paulo teve sua passagem pelo Estreito de Gibraltar proibido pelas autoridades que administram a passagem marítima, e justamente devido ao risco de naufrágio que ela já apresentava à época.
Depois disso a embarcação voltou ao Brasil, onde a empresa turca tentou realizar a operação de desmanche em algum estaleiro ou porto brasileiro, mas foi impedida pela própria Marinha do Brasil, que não deu autorização para a embarcação se aproximar dessas instalações costeiras. Agora ele se afasta, e provavelmente terá seu final no fundo do mar.
Importante salientar que toda essa operação de movimentação do navio foi realizada por rebocadores, o que é uma operação de altíssimo custo.
Triste fim para um navio que já teve seus dias de glória, e mais triste ainda pelo que há muito material ali que poderia ser reaproveitado, mas que provavelmente se perderá no fundo do Atlântico. Mais triste ainda é a confusão causada na solução do destino da embarcação.
Risco de naufrágio: Marinha manda porta-aviões fantasma se afastar da costa
O ex-porta-aviões São Paulo, que há mais de três meses vinha sendo rebocado, pra lá e pra cá, diante do porto de Suape, em Pernambuco, sem poder atracar, por conta de uma decisão da Justiça pernambucana, já que o navio contém uma quantidade não sabida de amianto e materiais tóxicos a bordo, partiu ontem rumo a águas mais profundas — e, possivelmente, já fora dos limites do mar territorial brasileiro —, escoltado por dois navios da Marinha do Brasil. A decisão, que surpreendeu a todos os envolvidos (inclusive os proprietários do navio, a empresa turca Sok Denizcilikve Tic, que, no entanto, já havia anunciado sua renúncia ao casco, na semana passada), foi tomada pela própria Marinha do Brasil.
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