Sugiro bastante a leitura do texto de Daniel Albuquerque. Sobre o texto em si não há nada em que eu não concorde, com a exceção do fato de que não há nenhuma traição chegando.
Senão vejamos.
O primeiro governo Lula foi marcado pelo erguimento de algumas universidades federais em espaços pouco atrativos ao investimento privado no ensino superior. Sim, as tivemos em locais de grande demanda também, mas a maioria foi feita em locais onde os empresários não tinham o interesse em investir na construção de infraestrutura, reunião de corpo docente, etc.
Depois tivemos esse senhor, que muitos o têm como o melhor Ministro da Educação que o Brasil já teve, mas eu vejo como um enorme desastre à frente da pasta. Criou os terríveis planos de financiamento por crédito para o ensino superior, criou enormes conglomerados de ensino privado, endividou uma grande parcela dos jovens do país, enquanto podia ter expandido ainda mais o ensino superior público, investido ainda mais em pesquisa e criado mecanismos de ligar a indústria nacional com os centros de pesquisas que as Universidades costumam ter. Ou seja, se preocupou apenas em atender aos interesses de empresários da Educação, e nada com o progresso do país ou com as consequências daquilo que fazia.
Agora ele volta à carga contra o próprio país, mostrando preocupação zero com a nação, enquanto mostra total preocupação com ganhos financeiros de empresários.
E não tem outra pessoa que possa ser responsabilizada por isso, porque é necessário o aval dele para uma aberração dessas.
Quanto à comparação com o país do Norte, basta dizer que o modelo deles está fazendo água por todos os lados. Mas esse barco é um Titanic, e para a primeira classe tem botes salva-vidas, já para a terceira, nem colete.
Tesouro Educa+: Malandro é malandro, otário é otário
Ao mesmo tempo em que foi aprovado o programa escola em tempo integral, muito comemorado com razão pela esquerda, o Governo Federal lançou um novo título do tesouro direto, com nome “Tesouro Educa+”. O lançamento de tal título está sendo amplamente divulgado em jornais e revistas especializados em economia e com alguma ligação com o mercado. Embora pareça trivial, se trata de um importante indício que, na minha opinião estamos ignorando.
Tal título funciona resumidamente da seguinte maneira: quando você tem um filho, ainda bebê, você compra o título, ele valoriza até seu filho ter 18 anos, que é quando você retira o valor que acumulou durante esse tempo, para pagar a universidade privada do seu filho. Ou seja, mais ou menos como funciona nos EUA, e quase toda a população brasileira acha um absurdo quando comenta sobre o funcionamento do ensino superior por lá.
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