quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O que é modernização?

A questão principal que deveria ter sido feita por Carla Diéguez (ver texto abaixo) não é “Modernização para quem?”.
Colocando-se o termo modernização na frente, tudo se aceita, incluindo situações absurdas, que são frequentemente creditadas a não aceitação das normas pelos afetados por elas. A exploração, inclusive colocando-se em risco a saúde de pessoas, é justificada e legitimada pelo uso de tal palavra.
As condições a que muitos trabalhadores são obrigados a desenvolver suas atividades profissionais não são compatíveis com a tecnologia, e muito menos com os avanços sociais possíveis e esperados para os anos em que vivemos. Estamos em plena segunda década do séc. XXI, e o que vemos no mundo é o retrocesso, em inúmeras áreas, às condições reinantes no séc. XIX, ou mesmo anteriores.
O caso, objeto do artigo de Carla Diéguez é emblemático. Não se colocam em risco apenas aqueles diretamente envolvidos na atividade, mas toda uma coletividade citadina se vê afetada pela modernidade, sendo mesmo obrigada a mudar-se, já que o lucro máximo e o famoso custo baixo ou redução de custos, não podem ser impedidos, mesmo que o preço seja a saúde das pessoas.
A denúncia é gravíssima, e necessita medidas urgentes das autoridades trabalhistas e de saúde pública. A situação deve ser devidamente apurada e, sendo comprovada a denúncia, os responsáveis punidos, e providências tomadas para evitar que tal situação permaneça.
Por isso a melhor pergunta que Carla Diéguez poderia fazer talvez fosse “O que é modernização?” A partir daí poderíamos entender e discutir de forma mais adequada os fenômeno socioeconômicos atuais.
Modernização, para quem? 
Texto publicado em 19 de Agosto de 2011 - 

por Carla Diéguez *

Segunda-feira, Portogente publicou um vídeo sobre o desembarque de clinquer no Porto de Imbituba, em Santa Catarina. O vídeo mostra as condições de trabalho a que estavam submetidos os trabalhadores portuários naquele momento. No vídeo, é possível observar os trabalhadores realizando o desembarque da carga sem o uso de equipamentos de proteção individual (EPI).
O clinquer é um produto utilizado no preparo do cimento, composto, entre outras coisas, por silício e ferro, que quando manuseado diretamente pode provocar dermatites e problemas pulmonares, sendo recomendado o uso de botas, luvas e máscaras no manuseio deste tipo de produto.
Nas imagens, vemos que o descarregamento é feito por equipamentos, sem o contato direto do trabalhador. Entretanto, o operador do equipamento e o motorista do caminhão, que aparece circulando na área, não utilizam EPIs. A reportagem ressalta que nem o Ogmo de Imbituba nem os operadores portuários fornecem ou fiscalizam o uso de EPIs. E aí vem a pergunta: cadê a Autoridade Portuária, cadê o CAP?
Devemos lembrar que o Porto de Imbituba é o único com gestão privada no País, com concessão que acabará ou poderá ser renovada em 2012. Desta forma, a AP também é agente da iniciativa privada, comprometida com os interesses do capital. Na eterna luta entre capital e trabalho, ou como diria Karl Marx e Friedrich Engels no Manifesto Comunista, “opressor e oprimido”, a corda sempre arrebenta para o lado mais fraco.
O CAPPI também não se pronuncia sobre o assunto, talvez por serem os trabalhadores em menor número, com dois membros efetivos, em comparação com os blocos do poder público (três membros), dos usuários (três membros) e dos operadores portuários (quatro membros). Ou seja, o órgão que deveria regular e fiscalizar não possui paridade, com o capital estando em maior número.
Na segunda década do século XXI, a história é ainda a história da luta de classes, do opressor e do oprimido, das péssimas condições de trabalho e da força do capital. Modernização, para quem?
* Carla Regina Mota Alonso Diéguez é mestre em Sociologia pela USP (2007), com ênfase em sociologia do trabalho, e bacharel em Ciências Sociais pela Unesp (2001). Atualmente, é docente e pesquisadora da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com atuação nas linhas de pesquisa sociologia do desenvolvimento e sociologia do trabalho e doutoranda em Ciências Sociais pela Universidade de Campinas (Unicamp). E-mail: cadieguez@hotmail.com

domingo, 28 de agosto de 2011

Mercantes no Rock: "Don`t stop believin´", Journey

Voltando aos primórdios das edições de nossos vídeos, as músicas que estrelaram as propagandas de um péssimo produto, mas de ótimas músicas. A banda de rock americana Journey iniciou sua já longa jornada em 1973, tendo alcançado enorme sucesso na década de 80. Seu último álbum foi lançado em 2008, e em 2011 tocou no Brasil pela primeira vez, em São Paulo. Entre seu inúmeros sucessos está "Don't stop believin', aqui executada ao vivo em Houston.


sábado, 27 de agosto de 2011

Blog dos Mercantes Cultural: "A Batalha do Apocalipse", de Eduardo Spohr

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O homem vive de muitas coisas, inclusive diversão. Nossa dica cultural de hoje é diferente de tudo que já indicamos. Dispa-se de visões pré-concebidas e mergulhe nas aventuras do anjo querubim Ablon, primeiro General das Forças Celestiais, que, após revolta contra a tirania dos arcanjos, é condenado a viver entre os humanos, exilado do paraíso, perambulando pela terra e tendo participação nos maiores eventos da humanidade e de suas grandes civilizações.

O final é inusitado, mas vale a pena esperar por ele. O livro prende, envolve e agradou a todos que leram.


sexta-feira, 26 de agosto de 2011

A crise não acabou


Segundo Hildete Pereira, economista e professora universitária, que concedeu entrevista ao site Porto Gente (ver abaixo), a atual crise que apresenta seu cartão de visitas é a mesma que levou ao desemprego de milhões de pessoas em 2008. Segundo ela, a crise foi apenas colocada de lado, mas suas causas não foram efetivamente combatidas.
O Blog dos Mercantes já comentou anteriormente que as ações tomadas para debelar a avassaladora crise de 2008 não eram suficientes e que os problemas econômicos estruturais que levaram à crise não haviam sido combatidos e muito menos debelados.
Agora novamente o mundo se depara com os mesmos problemas. E ele se resume a dois pontos principais: o primeiro é a falta de regulamentação do mercado, principalmente o financeiro, que facilita a especulação e a criação de riqueza virtual. Ou seja, dinheiro não correspondente em produção e valor efetivo dos bens.
O segundo ponto é complemento do primeiro, e diz respeito à falta de fiscalização desse mercado por parte dos governos, e dos próprios governos, que transferem parte substancial de sua arrecadação ao próprio mercado através de uma série de artifícios, como subsídios, juros por títulos de dívida pública etc.
Agora a crise retorna pelos déficits do governo norte-americano e de alguns governos europeus. É outra roupagem para o mesmo problema.
E crises só servem para sugar grande parte do progresso conseguido durante o período de crescimento, causar enormes sofrimentos à população trabalhadora, e concentrar renda.
A solução oferecida pelas forças conservadoras, será a mesma que nos trouxe a essa situação. Ou nossa sociedade toma providências sérias no sentido de enfrentar os problemas econômicos estruturais que temos, ou estaremos vivendo sempre no limiar de uma nova crise.
Os tempos são assustadores para a economia mundial, avalia economista 
Vera Gasparetto 
de Florianópolis/SC
A raiz da crise econômica mundial é que o dinheiro que circula no mundo não tem contrapartida no real. Ele não pode se transformar em infraestrutura, é dinheiro fictício. Isso não se sustenta, o futuro é uma incógnita. A análise é da professora da Faculdade de Economia da Universidade Federal Fluminense (UFF), Hildete Pereira de Melo, que conversou com a reportagem do Portogente.
Portogente Que crise é essa? Ela é nova ou aprofunda a crise mundial de 2008?
Hildete Pereira  É a mesma crise e aparentemente as águas serão turbulentas no mercado mundial por um tempo. A crise de 2008 ficou em stand by para o mundo. No caso do Brasil, o fato de termos bancos públicos e a política econômica ter sustentado o investimento manteve a demanda efetiva ativada, e a crise do segundo semestre de 2009 estava superada. Mas não no mundo.

Portogente E por que ressurgiu com toda a força agora?
A crise ainda não está no mesmo nível de 2008. Tem uma queda de braço política nos EUA, o presidente Obama é frágil politicamente, as eleições fizeram uma partilha de poder entre os republicanos e os democratas que aprofundou a crise esse ano nessa queda de braço na economia americana pela visão de uma direita radical, ultraconservadora, que despontou nos EUA com a eleição de um negro.

Portogente A crise econômica que assola o mundo é uma crise cíclica?
Sonhamos que haveria uma crise que acabaria com o capitalismo. Mas esta crise é cíclica, porque a crise estrutural significaria substituir o que está caindo de podre. Pelo lado da economia essa substituição não acontece. As mudanças no regime acontecem pela política e as forças do regime estão desbaratadas.

Portogente Então são as forças conservadoras que darão o tom da retomada?
Elas não deram o tom, depende da reação da população de como navegar nessas águas turvas. Tem toda a questão do multiculturalismo, a imigração massiva para a Europa, que é o Continente onde a situação é mais dramática, pois tinha um capitalismo organizado, social-democrata, as forças progressistas da Europa na virada do século XIX para o XX conseguiram um avanço democrático profundo que estão sendo abaladas pela imigração, pelo desemprego, pela desorganização do mercado e do estado de bem estar social. A crise acentuou a luta de classes que as pessoas pensaram que tinha morrido com a queda do muro de Berlim e com a derrota política do socialismo, que foi muito mais grave que as forças políticas pensavam. As forças conservadoras pensaram que tinham ganhado a guerra ideológica. A Europa avançou demais na construção de suas potências (Alemanha e França) e numa união política e monetária, mas não fizeram uma união fiscal e a política econômica ficou esquizofrênica e nesse momento esbarra em déficits colossais nas economias mais frágeis do continente, nesse momento ancoradas pelos bancos alemães e franceses, que não sabemos como resolverão esse problema das dívidas insolventes.


quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Redução da desigualdade: avanços significativos, mas falta muito!


É verdade que a política do governo nos últimos anos vem diminuindo a desigualdade econômico-social no Brasil. Mas algo que salta aos olhos também, é o fato de que está havendo um empobrecimento da camada social assalariada com maior remuneração; muito maior do que o aumento salarial das camadas mais baixas. Em matéria publicada na Folha de S. Paulo (ver abaixo, na íntegra) parece claro que está havendo um repasse renda de assalariados para assalariados, enquanto a renda na extremidade superior cresce de forma vertiginosa.

O Blog dos Mercantes sempre afirmou que não é contra o lucro de empresas e seus donos e acionistas, mas o nivelamento em uma média baixa da grande maioria da sociedade é solução meia boca para os problemas do país. Os avanços advindos de tal nivelamento são altamente limitados e limitantes.

Sobram matérias na mídia que demonstram a grande quantidade de estrangeiros trabalhando no Brasil, a grande maioria dos que estão aqui legalmente em empregos de média ou alta qualificação, e com remuneração acima da média. Só no setor marítimo foram emitidos mais de 15.000 vistos de trabalho no ano passado. Postos que poderiam estar sendo ocupados por brasileiros, e que exigem qualificação mínima superior à da média.

Essa situação se estende às indústrias e ao comércio. A maior alegação para tal fato é a falta de pessoal qualificado para ocupar essas vagas no Brasil. Tal fato é recorrente em outras partes do mundo, incluindo a China com seu exército de mais de 1 bilhão de trabalhadores, que começa a se ressentir da falta de trabalhadores qualificados, e o salário começa, lentamente, a aumentar em terras orientais.

É hora de o governo começar a se preocupar seriamente com a educação, com qualidade e currículo. Não basta que as crianças estejam na escola, é preciso que a grade curricular seja adequada, e as crianças tenham condições de aprender efetivamente, incluindo línguas, o que é conhecimento determinante para o acesso a empregos de maior remuneração hoje em dia.

Enfim a política de distribuição de renda atual continuará surtindo efeito por algum tempo, tal a desigualdade existente em nosso país, mas seria bom que começássemos também paralelamente, a pensar e preparar a nação para o segundo salto, aquele que pode definitivamente colocar o Brasil entre os grandes do mundo: educação como forma de termos uma nação produtiva, criativa e participativa.


Abaixo a matéria publicada na Folha de S. Paulo.



Redução da desigualdade ainda é frágil, alerta Ipea
CLAUDIA ANTUNES, DO RIO

A redução da pobreza e da desigualdade no Brasil ainda se assenta sobre bases frágeis, pois foi puxada pela oferta de empregos de baixa remuneração no setor de serviços e comércio, aponta estudo divulgado na quinta-feira (4) pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

Segundo o estudo do órgão federal, dos 2,1 milhões de novos postos de trabalho criados por ano na década de 2000, 95% pagavam até 1,5 salário mínimo (R$ 817,5). Enquanto isso, a cada ano foram eliminadas 397 mil vagas com salário de 3 mínimos ou mais.

O fenômeno está ligado à mudança na estrutura da produção, afirma o presidente do Ipea, Marcio Pochmann. "Não é mais a indústria que comanda, são os setores de serviços", disse.

Na década, esses setores geraram 2,3 empregos para cada vaga na indústria --a relação era de 1,3 nos anos 1970. Serviços e comércio respondem agora por 57,6% da ocupação, contra 42,6% nos anos 1980. A proporção da indústria e da construção civil (24%) não mudou.

"A sustentação dos êxitos recentes não depende só da qualificação da mão de obra. Para o longo prazo, é preciso ampliar a oferta de empregos que sejam de maior remuneração", diz Pochmann.

O estudo destaca que, em boa parte devido aos aumentos reais do mínimo, o crescimento do emprego concentrado na base salarial contribuiu para reduzir a fatia de pobres na população ativa, de 37,2% em 1995 para 7,2% em 2009.

Na classificação do instituto, a maior parte do contingente de novos assalariados foi engrossar o "nível inferior" da pirâmide social: "Não é mais pobre, mas tampouco de classe média".

Enquanto isso, a parcela que o Ipea classifica como de "nível médio" (combinando renda a fatores como escolaridade, consumo e moradia) se manteve em 32%. Os que vivem de lucro, juros, terras e aluguéis passaram de 3,9% para 14,3%.

O Ipea vê uma "polarização" entre as "duas pontas" com maior crescimento relativo na pirâmide: "os trabalhadores na base e os detentores de renda derivada da propriedade". Hoje, só 16,4% dos empregados ganham 3 mínimos ou mais, contra 28,7% em 2000 e 25,9% em 1990 (considerando valores atuais do salário).

Para Pochmann, a estagnação do "nível médio" explica parte da redução no grau de desigualdade da distribuição da renda do trabalho, que foi de 10,4% entre 2004 e 2010 --índice inédito desde os anos 1960.
"A questão é como sustentar esse padrão. Se o salário mínimo não mantiver uma trajetória de crescimento, podemos ter postos com remuneração muito baixa, e com isso não termos capacidade de reduzir mais a pobreza e a desigualdade, que ainda é muito grande."


Mercantes no futebol: olho nos clássicos carioca e paulista


Passadas mais duas rodadas do Brasileirão 2011, podemos dizer que tudo segue como dantes no quartel de Abrantes. De novidade mesmo apenas as derrotas de Flamengo e Corinthians, devidamente desperdiçadas por São Paulo e Vasco, que não aproveitaram a chance de se aproximarem ainda mais da primeira colocação. Descontaram um pontinho cada, e agora se encontram a 3 pontos do líder. O mesmo ponto descontou o Flamengo, que se encontra a 2 pontos da liderança.
Também já podemos dizer que os Mosqueteiros são os virtuais ganhadores do primeiro turno e do troféu Osmar Santos, já que com um empate com o Palmeiras, venceria o Urubu nos critérios de desempate, e estaria inalcançável para o Tricolor Paulista e o Almirante. Mas para isso tem que ao menos empatar, e o adversário de domingo deve ser bem mais forte que o Figueira, pelo menos em tese.
O Fogão permanece na zona de classificação para a Libertadores, ainda que continue oscilando bastante, seguido de perto pelo Alviverde. São candidatos ao título brasileiro, mas ainda não ameaçam os Mosqueteiros diretamente.
Na parte debaixo da tabela, o Peixe finalmente venceu, e saiu do sufoco, o Galo MG continua mal, e cada vez mais candidato a frequentar a Segundona no próximo ano. E o Tricolor gaúcho que abra o olho, porque qualquer vacilo pode fazer com que vire o turno na zona de rebaixamento também.
Na próxima rodada, recheada de clássicos regionais, difícil é indicar um jogo com mais apelo em campo, mas olhos nos clássicos Cariocas e Paulistas, deles sairá o ganhador do primeiro turno.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Não à Terceirização no Brasil!


O tema que vai ser debatido e regulado nos dias 4 e 5 de outubro, em audiência pública do Tribunal Superior do Trabalho, é de nosso grande interesse, e é também a primeira vez que o TST promoverá uma audiência pública.

Não está tão longe o tempo em que as empresas tentaram terceirizar suas tripulações, através de uma grande arapuca criada com a ajuda de algumas cooperativas que alugavam a mão de obra marítima, antes contratada diretamente pelas empresas.

Em princípio parecia uma boa opção, já que normalmente aumentava um pouco o salário líquido recebido pelos marítimos, mas lhes quitava todos os direitos trabalhistas, com exceção da previdência social. Todos os outros, como FGTS, férias, décimo terceiro, etc. eram sumariamente suprimidos, o que resultava em um brutal achatamento salarial.

Isso na Marinha Mercante, porque em outros setores a prática é subcontratar uma empresa, que paga salários muito aquém do mercado para aqueles que irão efetivamente realizar o trabalho, muitas vezes diretamente relacionado com a atividade fim da empresa contratante da terceirização.

Nossos sindicatos travam uma árdua batalha para manter a terceirização sob controle em nosso setor, evitando o aviltamento de nossas condições salariais e sociais. Por isso é de fundamental importância a participação não só de nossos sindicatos, mas de todos na audiência pública do TST.

Que saiam boas soluções para acabar com os problemas sociais e trabalhistas trazidos pela terceirização.

Não à terceirização e a deteriorização das condições de trabalho, sociais e salariais dos brasileiros.  


Abaixo o texto publicado no "Valor Econômico":



TST debate terceirização

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) divulgou ontem as regras de convocação da primeira audiência pública de sua história, que será realizada nos dias 4 e 5 de outubro.

O tema dos debates é a terceirização de mão de obra, objeto de cerca de cinco mil processos em tramitação na Corte e milhares em toda a Justiça do Trabalho. Na audiência, o Tribunal ouvirá o pronunciamento de pessoas com experiência e reconhecida autoridade na matéria.

O objetivo é esclarecer questões fáticas, técnicas (não jurídicas), científicas, econômicas e sociais relativas ao fenômeno da subcontratação de mão de obra por meio de empresa interposta. Entre os aspectos que se objetiva esclarecer estão a manutenção do critério de atividade fim do tomador de serviços, atualmente adotado pelo TST para declarar a licitude ou ilicitude da terceirização; a terceirização em empresas de telecomunicações ou concessionárias de energia elétrica; a terceirização em instituições financeiras e atividades bancárias, como nas áreas de promoção de vendas, correspondência postal, recursos humanos, caixa rápido e cobrança, entre outros; e a terceirização em empresas de tecnologia da informação e comunicação e em empresas de alimentos e bebidas.

Os interessados também podem requerer sua participação pelo endereço eletrônico audienciapublica@tst.jus.br até o dia 26 de agosto. A mensagem enviada deve conter os pontos que o interessado pretende defender e, se for o caso, indicar o nome de seu representante. O mesmo endereço eletrônico deve ser usado para o envio de documentos referentes à audiência.

domingo, 21 de agosto de 2011

Mercantes na MPB: "Do fundo do meu coração", Adriana Calcanhoto

Há um show de 2009, que gerou um álbum duplo, em que 20 grandes intérpretes do sexo feminino de nossa música cantam grandes sucessos de Roberto Carlos, em uma homenagem a seus 50 anos de carreira. Uma das performances mais marcantes é de Adriana Calcanhoto. Com voz firme, doce e uma interpretação suave e segura, “Do fundo do meu coração” ganha outra vida e outra dimensão. Com certeza uma música que merece estar em nosso blog.