domingo, 20 de junho de 2021

Tecnologia avança

A China lançou o primeiro módulo de sua futura estação espacial. Mais do que experiências de plantar feijão no algodão no espaço (o que por incrível que pareça pode ser importante), as estações espaciais têm por objetivo principal o lançamento de missões espaciais mais longas, já que escapam à forte atração gravitacional da Terra, e facilitam o ganho de velocidade de imensas massas, que devem compor as espaçonaves para esse tipo de missão, além do treinamento de tripulações, etc. Claro, o teste de novas tecnologias para a exploração espacial também está no escopo de suas atribuições.

E esta última é o que a China faz com a inclusão de propulsores de íons no módulo Tianhe, e que foi citado no início de meu comentário.

Para os fãs da ficção científica, os caças TIE do vilânico Império de Guerra nas Estrelas, é movido justamente por propulsores de íons, daí o nome TIE (Twin Ion Engine). 

Mas não se animem tanto, porque até agora espera-se que a tecnologia de propulsão por íons possa ser muito boa para viagens dentro de sistemas estelares, mas não entre dois sistemas. Vejam, como mostra o artigo, espera-se que reduza-se o tempo de viagem a Marte, por exemplo, de alguns meses para pouco mais de um mês, mas comparado às imensas distâncias interestelares, essa redução ainda implicaria em alguns anos de viagem, e ao uso coligado de outras tecnologias como a hibernação, por exemplo, ou a imensas naves auto sustentáveis com água, alimentos e energia. 

Bem, se uma viagem interestelar ainda parece distante, o mesmo não podemos dizer de uma visita do homem a Marte e a outros planetas de nosso próprio sistema solar. O problema é que enquanto sonhamos e buscamos tais feitos impressionantes, também é impressionante que sigamos com enormes problemas humanitários em nosso próprio planeta, e pior, temos apenas pálidas demonstrações de que buscamos resolvê-los.


Tecnologia de propulsão a íons da estação chinesa pode encurtar missões a Marte

Por Danielle Cassita | Editado por Patrícia Gnipper | 03 de Junho de 2021 às 20h29

Em abril, a China lançou o módulo Tianhe, o primeiro a compor a futura estação espacial chinesa Tiangong-3. O módulo é alimentado por quatro propulsores de íons, tecnologia promissora que pode reduzir consideravelmente o consumo de combustível em missões espaciais — e, segundo o portal South China Morning Post, o Tianhe poderá se tornar a primeira espaçonave tripulada a transportar humanos com essa tecnologia.

Os propulsores no módulo Tianhe são alimentados por quatro unidades de íons, um sistema que também é conhecido como “propulsores de efeito Hall”. Trata-se de uma forma de propulsão eletrônica que já existe há algumas décadas e, quando ativada, produz emissões azuladas e anéis brilhantes, causados pelas partículas extremamente quentes e eletricamente carregadas, que deixam o motor a altíssimas velocidades. Quando comparados com a propulsão química, os sistemas deste mostram grande eficiência. 




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