quarta-feira, 17 de agosto de 2022

Não sei onde vêm essas coisas

Eu realmente tenho dificuldades para perceber de onde tiram determinadas ideias. Claro que faz parte de qualquer processo político-eleitoral a conquista de votos, de nacos do eleitorado, e por fim de supremacia nas urnas. O problem não é esse, mas a forma como os petistas tentam alcançar os votos do eleitorado mais politizado do país: com terrorismo barato e mentiras patéticas.

1 - Os argumentos são: "temos que tirar Bolsonaro e o fascismo".

Bolsonaro é um mentiroso compulsivo, como a maioria dos políticos. A ladainha de sempre de prometer um eldorado em que os bois tirarão voluntariamente suas picanhas para a degustação da população, e de fontes espalhadas por todos os lados que jorrarão leite, mel e cerveja. Mas essas bobagens Lula também promete (a volta de um passado idílico que nunca existiu?). O fato é que, o que incomoda o lulopetismo é justamente aquela parte a qual Bolsonaro jamais fez nenhuma questão de esconder, ou seja, de que ele é um bronco, iletrado, com conexões estranhíssimas com o submundo, e reacionário ao extremo. Se isso incomoda tanto o lulopetismo, porque fizeram de tudo para mantê-lo na corrida eleitoral em 2018 e atacaram tanto Ciro Gomes, porque sabotaram as várias tentativas de impeachment que apareceram durante seu governo, e porque fazem questão de manter Bolsonaro vivo este ano?

2 - O Golpe de Estado: eu já falei no Blog dos Mercantes, já falei em meu canal do Airton Brotto no Youtube, e repito mais uma vez aqui, que Bolsonaro dará golpe quando e se tiver condições políticas para isso. Neste momento ele está longe de adquirir tais condições, e o país nunca correu tal risco. Mas claro, se tivéssemos tirado o atual Presidente com o impeachment que ele deveria ter sofrido, e que o lulopetismo sabotou de todas as formas, não teríamos esse argumento estúpido agora.

3 - Vitória no Primeiro Turno: acho que essa é a pior de todas. Lula e o PT nunca ganharam no primeiro turno, nem quando a economia parecia ir muito bem no final do primeiro governo Dilma, nem quando o próprio Lula deixou o governo com mais de 80% de aprovação. Não bastasse isso, eles conjugam tal argumento com o do suposto golpe que Bolsonaro dará, caso a decisão vá para o segundo turno. Uma falácia conjugada a outra não dá uma verdade, apenas uma falácia ainda maior.

E eles querem usar esses argumentos contra o eleitorado mais politizado do país. Sim, verdade que nem todos compartilham dessa politização, e vemos alguns que agem mais com o fígado que com a cabeça (isso costuma dar dor de cabeça no final), mas é uma minoria, e mesmo esses dificilmente mudariam o voto por pesquisas ou por argumentos falaciosos.

Mas pior do que o lulopetismo usar esses argumentos, é vermos veículos de comunicação e jornalistas divulgando os mesmos. Um desserviço enorme à democracia que eles dizem tanto defender.

Campanha de Lula intensificará o assédio aos eleitores de Ciro Gomes

Votos do ex-ministro são considerados estratégicos para impedir uma virada de Jair Bolsonaro e garantir a formação de uma grande bancada do PT na Câmara

            Por Daniel Pereira Atualizado em 8 ago 2022, 08h39 - Publicado em 7 ago 2022, 14h22

Integrantes da campanha de Lula (PT) evitam defender publicamente que os eleitores do ex-ministro Ciro Gomes (PDT) optem pelo chamado voto útil e migrem para o petista já no primeiro turno, como forma de aumentar as chances de o ex-presidente derrotar Jair Bolsonaro (PL). Nos bastidores, no entanto, Lula e seus auxiliares pretendem reforçar a ofensiva destinada a conquistar os votos hoje prometidos a Ciro, cuja candidatura está sendo desidratada pela ação petista, como conta a reportagem de capa da nova edição de VEJA. 




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