A destruição do tecido produtivo e de infraestrutura do país segue a pleno vapor. O leilão feito pela ANAC, que entregou 10 aeroportos para uma companhia espanhola (mais uma), que amealhou um naco considerável da infraestrutura aeroportuária brasileira, entre eles o aeroporto de Congonhas, um dos mais movimentados e nevrálgicos do país, é o tema aqui.
E a questão nem é apenas o valor pago pelo pacote de aeroportos. R$ 2,45 bilhões não devem ser suficientes para construir um desses aeroportos, quanto mais os 11, mas como eu disse, isso nem é o mais importante. O principal disso é que a empresa espanhola, daqui algum tempo, provavelmente devolverá a maior parte desses aeroportos, e ficará com Congonhas, e talvez mais um ou dois, maximizando seus lucros ao máximo, e deixando estruturas pouco lucrativas, ou até mesmo deficitárias nas mãos do governo, que já tem uma estatal para operar essa infraestrutura.
É o bom e velho liberalismo, hoje travestido de neoliberalismo, em que privatizam-se os lucros, socializam-se os prejuízos, em que rico não paga imposto, e a classe média é esfolada para garantir os pacotes de "esmolas" aos mais pobres e excluídos totais do sistema (essa última é parte do neo).
Pense melhor antes de votar, porque o dinheiro, e a própria classe média, estão acabando, e não vai mais ter "esmola" pra ninguém.
ANAC leiloa Congonhas e mais 10 aeroportos – Em leilão com apenas um interessado e um lance, o grupo espanhol AENA arrematou por R$ 2,45 bilhões o direito de operar 11 aeroportos no país.
Entre os aeroportos leiloados pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) está o segundo mais movimentado do país, o terminal de Congonhas, localizado na capital paulista.
O grupo espanhol já controla outros seis aeroportos no país.
Os 15 aeroportos leiloados nesta manhã pela ANAC são responsáveis por mais de 15% do tráfego aéreo do Brasil, por onde circulavam, antes da pandemia, mais de 30 milhões de passageiros.
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