Mais uma vez o jornalista Reinaldo Azevedo se perdeu em seu personagem "Liberal" e "analista político". Verdade que muitas vezes ele teve boas visões de fatos e da movimentação política no país, mas como em todas as vezes que fatos mais importantes da vida brasileira estiveram em jogo, ele mais uma vez se despiu do jornalista analista isento, e fez questão de colocar seus anseios ideológicos pessoais à frente de uma visão holística do quadro político em foco.
E nisso Marina Sola foi quase perfeita ao responder a mais essa falácia do senhor Reinaldo Azevedo, e antes de entrar no texto dela propriamente dito, vou acrescentar dois pontos que me parecem cruciais para o entendimento da candidatura de Ciro. O primeiro é que, além de todas as possibilidades e franquias legais que baseiam sua luta pela Presidência, ele quer ser Presidente da República. De nada adiantaria ter as franquias legais, se ele não quisesse ser candidato.
O segundo é ainda mais importante. Ciro hoje representa um setor importante da sociedade brasileira que após a "redemocratização" foi escanteado, a ponto de sua mais importante instituição ter sido presidida por muitos anos por alguém rendido ao atual sistema, que viu as estruturas produtivas brasileiras sendo atacadas e reduzidas ano após ano, e as únicas atitudes que tomou foram aquelas que, no fundo, aumentaram esses ataques e enfraquecimento do setor produtivo brasileiro. Ciro hoje é a voz do setor produtivo e dos trabalhadores brasileiros. Não com um viés atrasado, mas sim com uma perspectiva moderna e que busque se atualizar sempre. Isso sem se ater a dogmas e ideologias baratas, mas com a perspectiva primeira de fazer o país crescer e se desenvolver como economia e sociedade.
De resto o texto de Marina Sola foi perfeita. Já falei das franquias legais, e ela abordou as democráticas; seus esfarrapados pedidos de desculpas travestidos de "errei"; os estrangeirismos toscos defendidos por Reinaldo Azevedo; as desculpas mal pensadas para não votar em Ciro; a bobagem de se basear em pesquisas para basear determinados argumentos, o porque de termos 2 turnos, a incoerência de não poder justificar quem está em 3º, mas justificar quem está em 4º, e bem atrás; as contradições frequentes no discurso de Reinaldo Azevedo; as distorções mal disfarçadas para embasar um discurso frágil e direcionado a atender interesses que não são os do povo brasileiro, e nem os da democracia no país.
Se juntarmos tudo isso ao fato de ele sempre ter uma desculpa mal ajambrada para justificar posicionamentos antidemocráticos e absolutamente criticáveis daquele que há poucos anos era considerado por ele um "inimigo" do Brasil, aí vemos o nível baixo de comprometimento dele com análises, e o alto nível de comprometimento com seus interesses.
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