terça-feira, 2 de maio de 2023

Oposição burra, situação idem

A oposição ao governo Lula promovida por parte considerável do agronegócio brasileiro já ultrapassou o limite da divergência de ideias e posturas e alcançou o nível da burrice. Só isso para fazer o que fizeram com um organismo que é responsável não só por sua atual pujança, mas principalmente por sua criação com a importância que alcança hoje em dia.

Por outro lado esse organismo tem tido algumas ações absolutamente incompatíveis com tal posição, e tem atacado partes do agronegócio brasileiro, bem ao estilo identitário-submisso que vem caracterizando mais essa passagem pelo PT no comando do país.

Para completar um depende do outro, numa simbiose parasitária mútua, em que um se fortalece e fortalece ao outro em proporções absolutamente iguais.

Com isso vemos que essa briga estúpida só interessa a interesses externos ao brasileiros. Uma fratura entre governo e agronegócio enfraquece os dois, e fortalece setores concorrentes externos na mesma proporção. 

Não é exatamente a mesma forma de ação que destruiu nossa engenharia pesada, mas é uma ação muito parecida, que busca a cisão interna, de forma a destruir um setor altamente competitivo do Brasil, enfraquecer o governo internamente, e por consequência a importância geopolítica que o país apresenta no mundo.

O pior é que todos os atores internos participam alegre e acriticamente desse teatrinho dos horrores tupiniquim, onde o jogo vai acabar sendo de perde-perde.

O agronegócio é importantíssimo para um país do tamanho do Brasil, mas nem ele é a redenção de todos os nossos problemas, e por isso o país pode se limitar a ele, e nem ele pode ser descartado como se fosse um setor menor e menos importante de nossa economia.

Ao contrário, o agronegócio é importante como forma de equilíbrio de nossas contas externas, é importante como fonte de necessidades de pesquisas e tecnologias, é importante como forma de geração de recursos para investimentos em áreas que nos darão cada vez mais autonomia e soberania. No processo enriquecerá os operadores do setor, sendo o enriquecimento consequência, não objetivo primário.

Do jeito que está indo logo, logo teremos um agro meia boca e um país ainda mais depauperado. Isso não interessa a ninguém no Brasil, então seria melhor que ambos os lados começassem a agir com mais inteligência.

Banco do Brasil tira patrocínio da Agrishow, que “desconvidou” ministro e chamou Bolsonaro

Foi o fim da molezinha. Feira do agronegócio pegou dinheiro do BB para realizar evento, mas vetou representante do governo Lula para bajular extremista sem cargo

A Agrishow, maior feira do setor agropecuário da América Latina, sem qualquer constrangimento, cometeu uma deselegância (lida no Planalto como provocação) esta semana ao “desconvidar” o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do governo Lula, Carlos Fávaro, para a abertura do evento. O substituto na cerimônia será o ex-presidente Jair Bolsonaro. Oficialmente os organizadores da Agrishow dizem que Fávaro segue convidado, mas o presidente da feira, Francisco Maturro, não negou que “um grande movimento do agro” que exigiu o antigo mandatário de extrema direita.

Só que a ousadia da provocação política e ideológica custou caro. O Banco do Brasil, um dos patrocinadores do evento, cortará o contrato de patrocínio com a Agrishow. Quem confirma a informação é o ministro da Secretaria da Comunicação da Presidência da República (SECOM), Paulo Pimenta.



Nenhum comentário:

Postar um comentário