segunda-feira, 15 de maio de 2023

País asiático derruba a parede

Sim, de forma absolutamente irresponsável e estúpida a OTAN se expandiu para o Leste. Aos poucos incorporou Estados que estiveram sobre a influência direta da antiga União Soviética, ou mesmo dentro do Estado Socialista, como algumas repúblicas menores do Báltico. Tal fato já seria um risco enorme se a Rússia fosse um país que tivesse apenas as forças armadas tradicionais que tem, mas não, ela também é o maior arsenal nuclear do mundo, e ainda por cima tem as armas que transportam tais artefatos mais modernas do mundo, e que até o momento são literalmente imparáveis. 

Sim, o excelente Cesar Benjamin foi certeiro em sua análise, porque foi exatamente isso que a aliança dita "defensiva" da OTAN fez com a Rússia, embora a Rússia tenha sempre cumprido sua parte no acordo de dissolução da URSS, e claramente quem não o cumpriu foi a OTAN. Da mesma forma os russos passaram longos 14 anos chamando a OTAN e a UE para conversarem sobre equilíbrio de poder e limites às ações expansionistas do bloco, que incluíam instalações de baterias de mísseis nucleares, cada vez mais perto do território russo.

Com esse quadro eu entendo perfeitamente a posição dos russos, embora não aprove guerras, mas aprovo ainda menos a ameaça gratuita que impuseram ao país euro-asiático. 

Ciro voltou a defender os princípios do Barão do Rio Branco em sua palestra de sexta-feira em Portugal. São eles a não interferência em assuntos domésticos, as relações entre nações pautada em um "direito internacional", e a resolução pacífica dos conflitos. No evento Ciro incluiu mais um item, que é a composição de mundo multipolar. O que Ciro esqueceu é que quem avança em direção aos russos há 30 anos é a OTAN/UE, e quem se recusa a conversar é a mesma OTAN/UE, que por sinal volta a não respeitar as mesmas regras que eles negociam e estipulam.

Na verdade os russos hoje mostram, mais uma vez, uma enorme paciência com as ações do Ocidente, já que fazem de tudo para provocar uma reação mais dura do Estado euro-asiático, mas eles seguem evitando esse paço que seria desastroso para o mundo. O problema é que a paciência é grande, mas não é infinita.

Aproveitem, entrem no link abaixo e leiam o artigo de Cesar Benjamin. Vale a pena.

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