quarta-feira, 24 de novembro de 2021

O PSB busca problemas?

Em entrevista a Veja o ex-Governador de São Paulo, diz que o PSB não deve aceitar uma adesão automática (e consequentemente acrítica) ao PT na próxima eleição. Alguns outros partidos do chamado campo progressista também deveriam pensar assim, porque infelizmente o que o PT vem programando é mais do mesmo, ou seja, um governo neoliberal, com alguma atenção às políticas compensatórias sugeridas pelas teorias econômicas, mas voltado mesmo para a aceleração da acumulação do capital pela elite financeira do país, e no caso do Brasil, na entrega de setores econômicos inteiros ao capital estrangeiro, e uma integração acrítica do país ao "modelo" de produção mundial.

E eu digo isso, porque se o PT realmente eleger o próximo Presidente, então aqueles que apoiem tal eleição serão cúmplices dos desvios entre discurso e prática do partido estrelado, fato que ainda é exacerbado pelos acordos espúrios com parte do que há de mais fisiológico e retrógrado na política brasileira, e a tais acordos o PT dá muito mais valor do que aos apoios recebidos do próprio campo a que diz pertencer.

Mas política não é preto e branco, nem muitos tons de cinza. Na verdade política é algo que comporta uma enorme conjunto matizes, que abarca todas as de cores. A questão não é a política ser isso, a questão é você saber dosar essas cores de forma a ter um resultado mais harmônico, mais agradável, e que ajude a equilibrar as diferenças que existem na sociedade, não criando um disfarce frágil, mas criando uma aproximação que fortaleça realmente a sociedade como um organismo mais próspero e justo.

Com PSB mais forte, Márcio França é contra aliança ‘automática’ com o PT

Ex-governador pede ‘requalificação’ da relação para apoiar Lula, diz que tem acordo com Alckmin para eleição em SP e explica o reality show que irá comandar

Por Tulio Kruse Atualizado em 26 out 2021, 15h03 - Publicado em 26 out 2021, 14h47 

Ex-governador de São Paulo e pré-candidato à eleição estadual, Márcio França (PSB) tem feito oposição a uma aliança automática do seu partido com o PT do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao longo do último ano, o PSB filiou nomes de peso como o governador do Maranhão, Flávio Dino, os deputados federais Marcelo Freixo e Tabata Amaral, e França defende que o partido já não pode ser apenas linha auxiliar dos petistas, como foi no passado. “Ou a gente requalifica a relação com o PT ou, na minha visão, não haverá coligação”, afirma. 





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