Sim, foi isso que aconteceu ontem. E é importante ressaltar que aconteceu apesar de o PDT ter revertido os votos que podia, já que alguns já estão virtualmente fora do partido, e aguardam apenas decisões judiciais para largarem a legenda sem a perda de seus cargos. O PSB reverteu apenas um voto. Mas esses 11 votos não foram suficientes para barrar a PEC do Calote.
Mas apesar da derrota dois entes saíram fortalecidos dessa confusão toda, o PDT e Ciro Gomes. O PDT porque atuou como partido, mostrou senso democrático, capacidade de diálogo e de rever posições. Mostrou também que precisa haver mais interlocução de sua liderança na Câmara com a direção do partido, e decisões dessa importância precisam ser previamente orientadas.
Já Ciro mostrou que tem condições de liderar, de reverter posições com sua posição firme e que não se deixa levar por discursos baratos de auxílio aos pobres, onde essa condição é apenas uma desculpa para justificar enormes desvios de conduta e de recursos, inclusive sem nenhum tipo de controle ou consulta à sociedade.
A votação, apesar da derrota, não mostrou uma tratorada, como alguns esperavam. Os 323 votos a favor do confisco irresponsável e inconstitucional de recursos privados, muitos até mesmo de trabalhadores, mostra apenas a total falta de empatia e responsabilidade com o respeito a normas, leis, e direitos.
A luta agora vai para o Senado. Esperamos reverter essa derrota, naquela em que se espera seja a casa do bom senso. Mas se isso não bastar, choverão ações no STF, porque o que essa PEC faz é dizer que as decisões da Justiça não valem mais.
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