O texto de Ciro Gomes sobre a participação brasileira na COP26 é interessante. Claro que é incompleto, mas é difícil, se não impossível, fazer uma análise profunda de algo tão complexo quanto um encontro de internacial em apenas meia dúzia de parágrafos.
Apesar disso Ciro foi no ponto nevrálgico da questão, que é a credibilidade do atual governo brasileiro, que está sempre isolado (mesmo quando Trump era o Presidente americano), sempre criticado, e que frequentemente é enxovalhado pela imprensa internacional.
Com isso o atual governo brasileiro se limita a pregar mentiras, dados tirados sabe-se lá de onde, projeções fantasiosas ou distorcidas, e com isso mina ainda mais sua credibilidade internacional. Mesmo assim esses discursos desconexos com a realidade atingem aqueles que ainda apoiam o Presidente brasileiro, que acreditam em qualquer coisa que venha do Planalto.
Só que os encontros internacionais não existem para esse tipo de prática, e o Brasil está se tornando um pária internacional. Até por sua importância econômica e geoestratégica ele segue sendo partícipe desses encontros, mas como dito acima, ninguém nos dá atenção, e com isso as posições brasileiras acabam por ser ocupadas por outros atores internacionais, e as soluções ofertadas pelo Brasil acabam sendo buscadas em outros lugares, ou de outras formas.
E o tão propalado e elogiado agronegócio brasileiro, último bastião de entrada de divisas no país, se vê muito ameaçado de perder espaço no mundo. Assim como o influência que o país exerce também se vê bastante enfraquecida.
Retomar a presença e importância do Brasil na geopolítica mundial será uma tarefa dificílima para os próximos governos, porque todos os espaços ocupados por nós já foram devidamente ocupados por outras nações, ou estão em processo de.
Lembrem-se, não há vácuo no poder.
COLUNA • CIRO GOMES
Em vez de ser pária ambiental, Brasil poderia ser exemplo
A estagnação econômica é a mais cruel e ineficiente forma de tentar preservar o meio ambiente
por CIRO GOMES 8 DE NOVEMBRO DE 2021 - 06:47
Acontece em Glasgow, na Escócia, a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, a COP26. Cerca de 200 países debatem o que pode ser feito para acelerar as metas do Acordo de Paris e diminuir o ritmo do aquecimento global. O Brasil está representado pelo ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, de quem você provavelmente nunca ouviu falar e não é por acaso. Nestes três anos de governo Bolsonaro, o País não foi capaz de produzir um só exemplo de boas práticas ambientais.
Mais uma vez avisei com antecedência que o ministro iria jogar palavras ao vento em Glasgow. Dito e feito. Na manhã de segunda-feira 1°, ridicularizou novamente o Brasil ao anunciar de forma pomposa e vazia uma nova meta climática de reduzir em 50% a emissão de gases poluentes até 2030 e neutralizar a emissão de carbono até 2050.
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