E essa prioridade vem exatamente da esquerda.
O Brasil precisa seguir o exemplo. Verdade que o país está muito longe disso, que nossas polícias têm inúmeros problemas, e que precisam de reformulação profunda, mas não há democracia que sobreviva sem uma polícia que defenda os valores democráticos e seja o primeiro agente fiscalizador em contravenções mais leves, e primeiro interventor em conflitos físicos. Mas essas atribuições precisam ser feitas com respeito à cidadania e direitos individuais das pessoas, ou se preferirem, cidadãos.
Por isso o Brasil precisa de reformas profundas em seu aparelho policial, com novo treinamento, novas táticas, novos objetivos e um novo estatuto para suas forças policiais.
Mas esse é um trabalho que para ser feito precisa de uma mudança de rumo do próprio país. Há décadas o Brasil é cindido por uma propaganda que visa enfatizar as diferenças, e a colocar brasileiros contra brasileiros. É necessário um novo processo de identificação nacional, de reunião de todos em torno das semelhanças e respeito às diferenças.
Projeto de lei dá entrada na segunda-feira no Parlamento. Além de querer dar mais proteção laboral, pretende também criar um conjunto de regras transversal às forças de segurança
Proteger, uniformizar e agregar. Eis os três principais objetivos do projeto de lei que o Partido Comunista vai entregar no Parlamento e que visa as forças policiais.
Existindo um estatuto equivalente para o ramo militar, a ideia passa agora por criar um enquadramento legal que possa abranger, em termos semelhantes, a carreira das forças de segurança, conforme explicou ao DN a deputada Alma Rivera. "Temos forças que são tuteladas por ministérios diferentes e não há qualquer uniformização de regras ou de proteção laboral e a iniciativa [legislativa] que o PCP propõe surge precisamente por isso: para ir ao encontro dessa necessidade em uniformizar alguns aspetos", afirmou.
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