quarta-feira, 8 de junho de 2022

Retorno a 2014?

A notícia abaixo é emblemática. A se confirmar mostra apenas que o "pai dos pobres" não aprendeu nada, não entendeu nada, e voltou ainda mais subserviente às elites, desde que ele seja o braço operador de seus interesses de classe.

Claro, o artigo pode ser apenas uma situação plantada de forma a reforçar ou piorar a imagem de alguns que estão na luta política pelo Planalto, mas eu não me esqueço de que "fui procurado por uma pessoa muito elegante ligada a ele (Lula)". E essa pessoa elegante procurou Temer no início de janeiro.

Eu até entendo a jogada de Lula. Ele busca não apenas as mesmas companhias que tinha antes do golpe, como ele busca ampliar o leque dessas companhias. E a questão não são as companhias apenas, mas os motivos que as unem, e claramente a única coisa que as une é alcançar o poder. Não há uma proposta concreta, não há uma discussão de ideias, e apenas se busca ampliar o apoio àquilo que empiricamente não deu certo, que nos trouxe à mais profunda e longa crise que o país já enfrentou (e enfrenta), e não nos dá nenhuma perspectiva de alteração do modelo existente e causador dessa crise.

As novas conjunturas mundiais exigem mudanças profundas nas relações internas do país, e a insistência em soluções fracassadas apenas irá confirmar o processo que corre no Brasil de ele se exterminar como país independente e como força geopolítica regional.

O país com maior potencial do mundo sendo destruído e minado em sua importância por erros internos de seu próprio povo.


Retomar aliança com Temer é hoje prioridade da campanha de Lula

Reconstruir as pontes com o ex-presidente Michel Temer, do MDB, está no topo das prioridades de Lula

atualizado 04/06/2022 8:0

O ex-presidente Lula está empenhado em recuperar o relacionamento que mantinha com Michel Temer antes do impeachment de Dilma Rousseff. A reaproximação com Temer está no topo das prioridades do petista nesta fase da campanha.

Lula entende que é preciso derrubar a resistência de Temer para avançar sobre diretórios do MDB que podem apoiar a candidatura petista no primeiro ou no segundo turno. Se Temer sinalizar positivamente, o PT acredita que a adesão de quadros importantes do PSDB virá a reboque.



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