quarta-feira, 29 de junho de 2022

Mas não está ruim para todos

Enquanto a pobreza e a miséria crescem no Brasil em números absolutos, e também qualitativos, os ganhos e a riqueza se concentram nas mãos de cada vez menos brasileiros. Na verdade, uma boa parte deles nem brasileiros são, já que a globalização financeira, à qual o Brasil adere acriticamente com cada vez mais força, faz com que esse movimento se intensifique no Brasil, em detrimento da imensa maioria da população, como ilustramos ontem.

Um pouco diferente do que diz o artigo abaixo, a taxa média de crescimento das mega-empresas que atuam no Brasil ultrapassa os crescimentos chineses, que já são enormes em termos econômicos. E de modo geral o artigo abaixo e o estudo do Prof. Eduardo Costa Pinto estão corretíssimos. A dúvida que tenho é se consideraram a quebradeira de comércio e indústria, o que ajudou a concentrar as vendas em menos agentes econômicos, o que facilita a concentração da economia, e o consequente aumento das taxas de lucro das empresas.

E cá entre nós, com taxas médias de retorno na casa dos 22%, Ciro Gomes mostra claramente que precisa rever seus conceitos no que toca a administração de uma empresa no Brasil, porque nisso também nós estamos muito distantes do resto do mundo, onde as taxas de retorno não superam os 10%.

‘Megaburguesia está engolindo quase o bolo inteiro’, alerta economista

Economia não cresce e a maioria da população empobrece, enquanto as 240 maiores empresas de capital aberto ampliaram suas taxas de lucro nos últimos anos

São Paulo – Mesmo ante o crescimento praticamente zero da economia brasileira nos últimos anos, o apetite da “megaburguesia” do país é cada vez maior. É o que revela estudo produzido pelo professor de Economia Eduardo Costa Pinto, vice-diretor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IE-UFRJ). Desde 2016, com a chamada “Ponte para o Futuro” do governo Temer, aprofundada por Bolsonaro, os lucros dessa parcela da população crescem a “taxas chinesas”, afirma.


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