terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

O milagre russo

Quando analisei o discurso de Putin no Parlamento Russo alguns dias atrás no meu canal, eu disse que Putin assustou o mundo com o anúncio de que a Rússia deixava o tratado de armas nucleares médias (Tratado INF), mas também disse, ironicamente, que ele anunciou uma série de medidas que tinham impacto muito mais direto para a população russa, como o aumento no incentivo à investigação científica em todos os campos, o aumento dos investimentos na Educação desde as creches à universidade, e isenções de impostos, como a retirada de impostos para famílias com dois ou mais filhos menores na aquisição de residências próprias.

Eu disse que era um discurso e metas ousadas, ainda mais se pensamos que as previsões eram de uma economia russa destroçada, e era isso que as agências de propaganda ocidentais, também chamadas de imprensa, diziam sobre a Rússia atual.

Pois bem, aos poucos vemos que a economia russa não está tão destroçada assim, que as medidas de Putin têm grande potencial de melhorar a economia russa a curto, médio e longo prazos, e que as previsões que as agências de propaganda ocidentais seguem fazendo não encontram dados na realidade, porque são apenas torcida.

Explico: se a Rússia pode ser afetada por uma queda nos preços do Petróleo, ou de suas exportações, basta que a China aumente suas importações (e tudo indica que isso pode ocorrer) para que ambas as torcidas das agências de propaganda deem com a cara na porta.

Já o Brasil deveria parar de tentar lançar o ególatra ao posto de líder mundial pela paz, e começar a agir como nação soberana e independente, e tirar proveito das mudanças na geopolítica dos últimos anos. Abraçar cegamente os BRICS não é caminho, mas muito menos se antagonizar a eles. O Brasil precisa conquistar opções de avanços econômico, científicos e tecnológicos, se firmando como real potência regional, e podendo assim fazer jus ao tão chamado multilateralismo que se prega como futuro do planeta. Se o Brasil não fizer isso recairemos novamente na bipolaridade da Guerra Fria, com EUA e seus aliados de um lado, e Rússia e China com seus aliados de outro.

E falo do Brasil porque é o único país que tem recursos, extensão territorial e população suficientes para se firmar como potência regional. A todos os outros falta algum dos 3, embora muitas vezes sobrem estadistas que honram esta designação. Até agora são só esses têm faltado ao Brasil.

Os surpreendentes resultados da economia russa após 1 ano de guerra

O PIB caiu 2,1% em 2022, contrariando a previsão de queda de 12%, e registrou superávit comercial impulsionado pelas exportações de petróleo e gás

Por Luana Zanobia Atualizado em 23 fev 2023, 19h42 - Publicado em 22 fev 2023, 14h3 

No dia 24 de fevereiro de 2022 o mundo acompanhava atônito a invasão da Rússia à Ucrânia, desencadeando um conflito militar que persiste até hoje, sem sinais de paz à vista. Na época, as previsões para a economia eram bastante pessimistas após a Rússia sofrer sanções rigorosas do Ocidente. Consequentemente, o rublo atingiu uma baixa recorde em relação ao dólar americano, o banco central russo aumentou significativamente as taxas de juros e a bolsa de valores de Moscou foi fechada por vários dias. Os economistas calculavam uma contração acima de 10% no PIB do país, mas a realidade é diferente das projeções.  



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