O Brasil vem enfrentando muitos problema, mas talvez o maior deles seja o fato de o governo estar paralisado, e não há país que resista a isso. São dois fatos principais que levam a essa paralisação. O primeiro é a desordem nas contas públicas que são decorrentes de uma série de equívocos, que vêm se acumulando desde o final do último governo Lula, e que foram intensificados por Dilma. O segundo é devido a crise política, que inclui a tudo e a todos, mas por enquanto só tem atingido o governo e o povo brasileiro.
Um dos maiores problemas, que seguem limitando investimento no país, é a infraestrutura energética e de transportes. Ela avançou muito nos últimos anos de governo petista (no governo anterior retrocedeu), mas foi pouco em face das necessidades do país.
A hora agora era de aproveitar e voltarmos a investir em infraestrutura, com inteligência e com correção. Isso ajudaria a diminuir a crise, e ainda prepararia o pais para um ciclo virtuoso de crescimento.
O país precisa reagir à crise político-econômica, e voltar a pensar em estratégias para melhorar a qualidade de vida de todos os seus cidadãos.
Aos corruptos e ladrões, as penas da Lei. Ao país, um governo comprometido com todos e com o interesse nacional.
Um dos maiores problemas, que seguem limitando investimento no país, é a infraestrutura energética e de transportes. Ela avançou muito nos últimos anos de governo petista (no governo anterior retrocedeu), mas foi pouco em face das necessidades do país.
A hora agora era de aproveitar e voltarmos a investir em infraestrutura, com inteligência e com correção. Isso ajudaria a diminuir a crise, e ainda prepararia o pais para um ciclo virtuoso de crescimento.
O país precisa reagir à crise político-econômica, e voltar a pensar em estratégias para melhorar a qualidade de vida de todos os seus cidadãos.
Aos corruptos e ladrões, as penas da Lei. Ao país, um governo comprometido com todos e com o interesse nacional.
Valor Econômico – Reportagem – 28/12/2015
Marasmo não pode afetar as concessões de infraestrutura
A instabilidade política e a letargia econômica deixaram no limbo as próximas concessões de infraestrutura.
Novos
leilões de rodovias federais foram postergados para 2016. O governo
ainda não conseguiu atrair investidores para ferrovias. A crise na
aviação civil, que vê o número de passageiros recuar pela primeira vez
em mais de uma década, coloca algumas incertezas na privatização de
aeroportos. E uma licitação para o arrendamento dos quatro primeiros
terminais portuários sob as novas regras do setor, realizada no início
de dezembro, terminou com resultados antagônicos: houve disputa nos
terminais de celulose e de grãos em Santos, mas não apareceram
interessados na área licitada em Vila do Conde (PA).
Apesar
das dificuldades, convém ao governo seguir adiante e acelerar os
estudos para realizar mais concessões, que podem dar uma importante
contribuição contra o agravamento da crise. A segunda etapa do Programa
de Investimentos em Logística (PIL 2), lançada pela presidente Dilma
Rousseff em junho de 2015, previa R$ 198,4 bilhões em novas obras.
Trata-se de um valor expressivo para impulsionar a taxa de formação
bruta de capital fixo. Mais relevante do que isso é não perder de vista o
pós-crise: são empreendimentos decisivos para dotar a economia
brasileira de melhores condições de competitividade no futuro.
É
verdade que os desdobramentos da Operação Lava-Jato complicaram a
situação financeira de várias empreiteiras com óbvio interesse nos
projetos de infraestrutura. Também são pertinentes os comentários de
investidores como a espanhola Aena, maior operadora aeroportuária do
mundo, que diz ter interesse no país, mas aponta preocupações com o
panorama ruim da economia brasileira e a volatilidade do real nos
últimos meses. "O tráfego nos aeroportos está muito relacionado com a
variação do PIB", afirmou o presidente da Aena, José Manuel Vargas, em
recente entrevista ao Valor. "Estamos no meio de uma crise cambial e de
crescimento [no Brasil]. Isso não é uma opinião. É evidente".
Diante
de tais constatações, entende-se perfeitamente a hesitação do governo
em tocar a agenda de concessões, mas não se pode deixar o marasmo tomar
conta do país. Pesos-pesados na gestão de projetos de infraestrutura,
como a Odebrecht Transport e a CCR (controlada pela Andrade Gutierrez e
pela Camargo Corrêa), têm dito reiteradamente que preservam
independência empresarial de seus problemáticos acionistas. Muitos
estrangeiros continuam depositando um voto de confiança nas perspectivas
de longo prazo. A argentina Corporación América acaba de anunciar um
investimento bilionário na ampliação do aeroporto internacional de
Brasília e deixou clara sua intenção de entrar na disputa pelas próximas
concessões no setor: Salvador, Fortaleza, Porto Alegre e Florianópolis.
É
preciso ter em mente que boa parte dos projetos do PIL 2 não é mais tão
apetitosa como aqueles licitados em outras épocas. Para viabilizar a
concessão dos próximos lotes de rodovias, por exemplo, foi necessário
fixar tarifas máximas de pedágio em torno de R$ 15 - quase três vezes o
valor obtido nos leilões de 2013. Sem tanto crédito barato do Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o governo se viu
obrigado a abrir mão de uma das "cláusulas pétreas" das últimas
privatizações de estradas: a duplicação total em cinco anos.
Não
é vergonha nenhuma calibrar essa carteira de ativos à nova realidade.
Ajustes à parte, vale a pena testar o humor do mercado e acelerar as
concessões em 2016. A bem sucedida relicitação de 29 usinas
hidrelétricas que não haviam renovado seus contratos mostrou como
projetos bem estruturados e com taxas de retorno adequadas podem seduzir
investidores mesmo em tempos de incerteza macroeconômica. O descontrole
fiscal e a ameaça de impeachment não tiram do país suas virtudes: uma
classe média com alto potencial de consumo, demanda reprimida,
necessidades de logística e de mobilidade evidentes. Se os leilões
tiverem menos disputa e algum certame ficar sem propostas, paciência. Em
um ranking que mede a qualidade da infraestrutura, elaborado pelo
International Institute for Management Development (IMD), o Brasil ocupa
a 53ª posição entre 61 nações avaliadas. Não há tempo a perder para
sairmos do atraso. Portanto, mãos à obra, literalmente.
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