quinta-feira, 19 de maio de 2016

Crise é mais midiática do que real

O Brasil está em crise? Claro, isso é óbvio e nítido para quem está pelo mercado de trabalho, ou acompanha os índices econômicos. Essa crise é grave (como qualquer crise), mas ela está longe de ser tão profunda quanto nossa imprensa e a oposição querem fazer ver. Tampouco ela é uma marolinha, como o governo e seus aliados insistem em tentar passar a imagem.

Prova de que não é uma marolinha é o noticiário, que mostra os milhares de desempregados que inflacionam os indicadores de desemprego todos os meses. Prova de que não é o fim do mundo é que seguem investindo no país, e que o mercado financeiro internacional, notadamente o especulativo, segue indicando o investimento em papéis brasileiros. Isso mesmo com todo o terrorismo que detectamos na mídia brasileira, e em algumas empresas de análise de risco.

Isso significa que com um pouco mais de controle nas contas públicas, somado a leis e ações que incentivem os setores adequados, e teremos totais condições de reverter a atual situação em tempo não muito longo. para isso uma diminuição na taxa selic seria visto com bons olhos, além de gastar com mais cuidado o dinheiro do contribuinte.

Mas o que dissemos acima não significa a redução drástica em programas sociais, ainda mais no momento em que esses programas são mais necessários.

E seria bom que as pessoas entendessem que crises econômicas são intrínsecas e características ao próprio sistema capitalista, independente do governo que esteja no Poder. A do Brasil, além de problemas internos que nitidamente temos, ainda é inflacionada pela crise política, e pela crise econômica internacional.

Para quem quiser ler a reportagem completa na Folha de São Paulo

Investidor estrangeiro retoma aposta nos papéis brasileiros


Paulo Whitaker/Reuters
Investidores olham painel de cotações na Bolsa brasileira
Investidores acompanham painel de cotações na Bolsa brasileira, em São Paulo
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A percepção de que uma solução para a crise política pode estar próxima deu força a um movimento recente de compra de ativos brasileiros, como ações, títulos públicos e moeda local, por investidores estrangeiros.
Embora não haja expectativa de retomada econômica e o país tenha perdido o selo de bom pagador pelas três principais agências de classificação de risco, o diagnóstico é que, aos preços atuais, o Brasil ficou muito barato. No mercado, há quem veja o país como "a bola da vez".
O Credit Suisse deu o tom dessa tendência em relatório divulgado nesta semana. Pela primeira vez em muito tempo, recomendou que seus clientes aumentem a alocação em ações brasileiras, reduzindo a exposição à Índia.
"Estamos revertendo nossa antiga preferência por ações indianas em relação às brasileiras", diz o banco.

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