segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Como vai ficar?

Problemas sérios nos EUA. A sala onde foi gravada a conversa da demissão, a Situation Room, era considerada a mais segura na Casa Branca. Aqueles que a frequentavam não eram revistados, mas só entravam pessoas de estrita confiança dos presidentes americanos. Mesmo assim Omarosa Manigault Newman fez várias gravações na sala, e suspeita-se do próprio presidente.

Agora vamos ver como fica a situação, já que seria crime gravar o presidente americano sem sua autorização.

Os políticos e a justiça americana vão seguir as Leis, ou vão utilizar as informações conseguidas de forma irregular e ilegal para atacar o presidente, que já mostrou de várias formas que está propenso a esquecer essas mesmas leis.

E quanto a "gravadora", o que acontecerá com ela?

A chamada "maior democracia do mundo" está em cheque.



Omarosa e Trump em setembro de 2016. Omarosa era uma das aliadas do presidente, mas agora critica-o em livro

Ex-conselheira de Trump não gravou só o 

despedimento. E isso preocupa Washington


Omarosa divulgou este domingo o áudio da reunião com o chefe de gabinete, na Situation Room, em que foi 
despedida. Muitos temem atacá-la por receio de que tenha gravações sobre eles



"Esta é uma Casa Branca em que toda a gente mente" e "se não tivesse estas gravações,

ninguém na América ia acreditar em mim", disse a antiga conselheira de Donald Trump,

Omarosa Manigault Newman, justificando o facto de ter gravado várias conversas durante

o tempo em que trabalhou na Casa Branca.

Uma das gravações, feitas no smartphone, é do momento em que foi demitida pelo chefe

de gabinete, John Kelly, na Situation Room, o local alegadamente mais seguro no número

1600 da Pennsylvania Avenue, em Washington. A conversa decorreu em dezembro de

2017, com Omarosa (como é conhecida) a deixar a Administração em janeiro.

"Chegou ao meu conhecimento nos últimos meses que houve algumas questões, na minha

opinião, significativas a nível de integridade relacionadas contigo", ouve-se Kelly dizer na

gravação, que Omarosa passou no programa Meet the Press, domingo à noite, na NBC.

Em causa o seu uso dos carros do governo e outros "assuntos de dinheiro", que compara 
a ofensas que, caso fosse militar, a levariam a tribunal marcial (Kelly é um general retirado).

"Se fizermos disso uma saída amigável, podes olhar para o teu tempo aqui na Casa

Branca como um ano de serviço à nação e depois continuar sem qualquer tipo de

dificuldade no futuro em relação à tua reputação", diz o chefe de gabinete à então

conselheira de Trump. "Há alguns assuntos legais que têm sido violados e estás sujeita

a algum tipo de ação legal que esperamos, pensamos, podemos controlar", acrescenta,

numa conversa que Omarosa considerou uma ameaça.

A antiga participante do programa "O Aprendiz", que era produzido por Trump, esteve no

Meet the Press para promover o seu livro "Unhinged" ("Desvairado"), cuja saída está

prevista para 14 de agosto. No livro, a antiga encarregada do Gabinete de Relações

Públicas (a única afro-americana a trabalhar na Casa Branca ) acusa o presidente de

ser "racista, intolerante e misógino".


Resposta da Casa Branca
A porta-voz da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders, reagiu à gravação com um 
comunicado: "A ideia de um funcionário infiltrar um dispositivo de gravação na Situation 
Room na Casa Branca mostra um flagrante desrespeito pela nossa segurança nacional 
- e depois gabar-se disso na televisão só prova ainda mais a falta de caráter e integridade 
dessa descontente ex-funcionária da Casa Branca."
É na Situation Room que as principais decisões sobre política externa são tomadas e os 
funcionários da Casa Branca não podem entrar no espaço com telemóveis ou gravadores.
Não são revistados à entrada, mas existem sinais com avisos.
Se a gravação na Situation Room levanta questões em relação à segurança nacional, 
o facto de Omarosa ter outras gravações, incluindo do presidente, deixa várias 
pessoas preocupadas. Estas gravações terão servido de base ao seu livro e a 
ex-conselheira terá mostrado algumas quando andava à procura de uma editora para o 
publicar.
"As pessoas agora percebem que ela tem muitas coisas", disse um antigo oficial da 
Casa Branca, sob anonimato, à ABC News. "Está a impedir que as pessoas respondam", 
acrescentou, dizendo que existe receio de que as suas conversas acabem por ser 
divulgadas. "Se chatearam a Omarosa, preparem-se, vão ser umas semanas difíceis"
referiu.
Segundo o mesmo canal de televisão, a Casa Branca estará a estudar todas as hipóteses 
legais para evitar que divulgue mais gravações, assim como para a punir por ter secretamente 
gravado Kelly.
Esta não é a primeira vez que as gravações de Omarosa chamam a atenção, mas em 
fevereiro de 2017 o seu alvo tinham sido os jornalistas.


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