Antes de tudo vamos esclarecer que os modelos adotados pelos debates são muito ruins. Não há como que sejam dadas respostas descentes para temas complexos de economia, segurança, saúde, etc. em 1 min ou 45 seg. Um dos motivos é o excesso de candidatos, alguns sem nenhuma representatividade, e isso é o problema, mas a Lei Eleitoral obriga a isso. Um debate mais racional deveria ser proposto.
Basicamente o segundo debate entre presidenciáveis seguiu a toada do primeiro, mas algumas coisas o diferenciaram, mesmo que timidamente. O embates já se fizeram presentes, mas de forma tímida, até mesmo devido a falta de tempo para apresentação de ideias e propostas. Nesse ponto os dois que estavam absolutamente fora de sintonia eram Bolsonaro e Cabo Daciolo, que além de apontar problemas, não apresentaram nada. Bolsonaro então é decepcionante, ao não fazer ideia de problemas complexos da Nação, mesmo estando a mais de 25 anos no Congresso Nacional. O Cabo não fica atrás, e a surpresa de seu discurso exotérico e de certa forma lunático, já não foi mais surpresa ao público.
Mas algumas coisas começam a se definir. Ciro Gomes começa a marcar território como oposição ao governo do usurpador e a Alkimin, apontado pelo próprio usurpador como sendo o candidato governista. Marina parece ter resolvido assumir a tarefa de atacar as posições de Bolsonaro. Boulos segue tendo posições interessantes, mas pouco apoio e pouco interesse dos outros candidatos devido sua posição nas pesquisas. Os outros seguem sendo apenas participantes caricatos e sem carisma.
Como disse, ao menos esse debate já começou a definir melhor algumas estratégias e alguns posicionamentos. Mas estamos ainda muito longe de possibilitar definições de votos com base em declarações relâmpagos, e posicionamentos superficiais.
Quem sabe mais para a frente?
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