sexta-feira, 28 de abril de 2023

Dugin e as dinastias modernas

O CMT Robinson Farinazzo diz que o "comunismo" chinês não passa de uma nova dinastia. Pois bem, isso parece ser mais uma praxis das civilizações orientais do que uma condição somente chinesa. O Ocidente também passou por um momento desses e foi justamente quando criou as condições para a hegemonia que se consolidaria após sua queda.

Sim o texto de Alexander Dugin se refere à Rússia, já que ele pensa sobretudo sobre seu próprio país, só que parte do que ele diz pode ser extrapolado para outras nações orientais, sobretudo aquelas com governos longevos.

Mas o que Dugin diz também pode ser extrapolado para o Ocidente. Ele mesmo diz que as nações ocidentais. Como o próprio autor do texto ressalta, foram as nações ocidentais que aplicaram sanções, explodiram estruturas de transporte de gás, roubaram dinheiro, mataram e fomentaram o assassinato de milhares de russos. Mas essas nações também têm perseguido jornalistas, e buscado puni-los e silenciá-los quando divulgam os crimes que comentem.

Tudo revestido em sedas democráticas. Sim, porque essas nações cometem as atrocidades sob o manto das "alternâncias de poder", de suas "cortes jurídicas isentas", da defesa da democracia, e da demonização do diferente. 

E elas são dinastias porque o grupo que governa é sempre o mesmo, oriundo de suas elites econômicas, seja diretamente, seja pelo fato de serem delas dependentes e ferrenhos defensores.

Vamos trazer o Brasil, com quem temos mais familiaridade, como exemplo. É mais do que sabido que várias empresas financiaram o golpe de 64, e muitas dessas mesmas empresas financiam a "democracia" brasileira. Essa mesma elite econômica vem se replicando desde a Independência. Ou seja, o país é governado pela mesma cúpula, que apenas em pouquíssimos momentos esteve realmente alijada do poder, mas isso não chega a mais de 20 anos dos mais de 200 de Estado Brasileiro. E ela interfere no governo, seja direta, seja indiretamente.

Sim, o Oriente tem suas dinastias. Os 23 anos de Putin à frente do governo russo, ou o "comunismo" chinês mostram isso. Mas nós também temos as nossas. 

No caso brasileiro, se o país quiser alcançar seu potencial precisará mudar sua dinastia, porque ela impede que ele se desenvolva.

Aproveite e dê uma olhada no texto de Dugin. Ele é interessante em outros pontos também.

O Limite da Paciência Russa

Os liberais russos devem responder por todos os seus crimes. Sem isso não haverá purificação nem vitória.

A história do Tribunal de Haia é simbólica. A Rússia nunca antes se perguntou que tipo de instituição ele é. Na verdade, ele faz parte da implementação do Governo Mundial, um sistema político supranacional criado sobre os Estados-Nação que são convidados a ceder parte de sua soberania a essa estrutura. Isso inclui o Tribunal Europeu de Direitos Humanos e a própria UE, mas também o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional, a OMS, etc. A Liga das Nações, e mais tarde a ONU, foi concebida como outro passo preparatório no caminho para a estabelecimento de um governo mundial.


Vamos discutir o liberalismo nas relações internacionais, um componente da ideologia liberal como um todo. Os liberais veem a lei do “progresso” como irreversível, cuja essência é a disseminação do capitalismo, do mercado, da democracia liberal, do individualismo, do LGBT, dos transgêneros, da migração em massa, etc., por toda a humanidade. Na doutrina liberal das relações internacionais, “progresso” significa a transição de estados-nação soberanos para instâncias supranacionais de poder. O objetivo desse “progresso” é o estabelecimento de um governo mundial. Isso é expressa e inequivocamente afirmado nos livros didáticos de Relações Internacionais. Todos os países que não querem “progresso” são, segundo esta teoria, inimigos do “progresso”, “inimigos de uma sociedade aberta”, portanto são “fascistas”.



Nenhum comentário:

Postar um comentário