O Partido dos Trabalhadores saiu da Classe Média brasileira. Sim, são professores, funcionários públicos, trabalhadores relativamente organizados, e claro, com o crescimento e o alcance político do partido, acabou por aglutinar outras forças também, mas a base do partido foi a Classe Média brasileira, e centrada principalmente em São Paulo.
O problema é que é uma Classe Média que se odeia, e que se sujeita demais em agir como capatazes da Oligarquia brasileira. Ela não bebe em nossas raízes e em nossas necessidades, mas tão somente das águas do Atlântico Norte, e faz uma lama difusa com aquilo que ela imagina ser o povo brasileiro e suas necessidades.
Por isso as decisões que tomam estão sempre em desacordo com os interesses maiores da população, que é atendida de forma homeopática, seja com as políticas de compensação aos mais pobres do tipo bolsa-família, seja por um discurso difuso e descolado da realidade sobre democracia, crescimento econômico e criação de bons empregos.
Por fim, tendo isso em mente, você conseguirá ler o artigo de Renato Zaccaro com uma perspectiva diferente, e entenderá as ações dos governos petistas, ainda que a princípio elas seja bastante díspares do discurso que elevou o partido à sua atual grandeza.
O impostômetro do impostor: Fernando Haddad e a Classe Média
Durante a transição, entre nomeações sem nexo e comissões que só serviram pra tirar foto, um colega, jornalista da Revista Piauí e amigo de faculdade do então cotado Fernando Haddad, disse-me:
“Haddad tem a cabeça de um filho de comerciante da 25 de março, vai negociar tudo”.
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