NEM, ou o Novo Ensino Médio. A reforma foi aprovada no (des)Governo Temer, e até hoje não foi devidamente implantada. O artigo de opinião veiculado pelo O Globo, e que você pode acessar abaixo, dá algumas ideias do que pode e deve ser mudado. Porque vamos ver.
Sim, os que reclamam que o NEM ainda não foi implementado e que não deve ser mudado estão corretos, mas também estão errados. Sim, porque por favor, dizer que ensinar a fazer brigadeiro pode ser currículo do Ensino Médio não é algo sério. Aceito até que pode ser um extracurricular, mas jamais entrar na grade curricular do curso. Da mesma forma o artigo indica que a grade curricular precisa ser alterada, transformando em mínimo cargas horárias que ora são consideradas máximas.
De outro lado temos os que querem um regresso aos padrões anteriores, que acusam o NEM de apenas produzir trabalhadores acríticos para o mercado de trabalho, e que essa volta ao currículo anterior resolveria isso. Bem eles também estão certos e errados. É verdade que a alteração foi feita para produzir trabalhadores acríticos e em quantidade, mas o retorno ao currículo anterior não resolveria isso, porque a imensa maioria dos trabalhadores hoje é acrítica e mal formada.
Então precisamos de um meio termo, mas precisamos, acima de tudo, de muito mais investimento em educação nos 4 níveis de ensino, desde a pré-escola, passando pelo Básico, Médio e chegando ao Superior. E quando falamos nisso falamos em aumento muito significativo dos valores investidos em Educação, em treinamento de Docentes, em aumento dos horários para comportar o período integral, e isso implica em aumento da estrutura física, já que as escolas brasileiras costumam comportar 3 períodos de uso com turmas diferentes. Ou seja, a solução para a Educação brasileira não será dada apenas com alterações no currículo, mas com investimentos maciços por parte do Estado, porque será o Estado que poderá garantir um ensino de qualidade e padrão a todas as futuras gerações do país.
E atrelado a isso tudo investimento em pesquisa e inovação tecnológica, com incentivo a criação de novas empresas e adequação das existentes às novas matrizes tecnológicas de ponta, porque do contrário todos esses cidadãos conscientes e bem formados irão se acotovelar para dirigir ubers e entregar pizzas nas casas das castas que se encastelaram no país ao longo do último século.
Nenhum comentário:
Postar um comentário