quarta-feira, 5 de abril de 2023

Fim do dólar entre Brasil e China?

Vejam bem, ainda não é hora de comemorar nada, nem de se assustar com nada. Na verdade o momento agora é para observar o andamento das negociações e buscar entender os mecanismos que irão reger as regras de trocas comerciais entre os dois países. Sim, porque o dólar era a moeda usada nessas trocas, cada país cuidava de seu câmbio com o dólar, e isso definia os preços praticados nos produtos nas trocas comerciais.

Pois é, quando você tira essa moeda referência será necessário estipular um valor de câmbio direto entre as duas moedas, e isso será uma costura política entre os dois países. A princípio será um valor baseado em ouro e commodities. Ouro é algo que a China acumulou em quantidade bastante alta na última década (a Rússia também), e commodities são algo que o Brasil produz bastante, tanto as orgânicas, quanto as minerais. O equilíbrio para especificar o valor relativo entre as moedas é que será o maior objeto a ser debatido.

Por fim o que se assinou foi um memorando, ou seja, a intenção de se chegar a um acordo em que se possa retirar o dólar da relação comercial entre os dois países, mas não significa que esse acordo será concluído, e nem que será implantado.




Assim, não será necessária a intermediação do dólar. O BC não informou, até o momento, quando o novo arranjo de pagamentos estará disponível para as empresas.

Por Alexandro Martello, g1 — Brasília

 


O Banco Central brasileiro informou nesta quarta-feira (29) que assinou um memorando de entendimentos com Banco Central da China (PBC) para viabilizar um instrumento financeiro que permita que as transações sejam feitas em yuan, moeda chinesa, e convertidas em reais de "forma mais rápida e menos custosa".

Com isso, não será necessário intermediar as operações comerciais entre os dois países com a moeda norte-americana, o dólar. O BC não informou, até o momento, quando o novo arranjo de pagamentos estará disponível para as empresas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário