As palavras de Luís Montenegro, presidente do PSD português, são uma mostra de relações internacionais feita com inteligência. Assim como as posições assumidas pelo PS, partido do governo em Portugal também têm sido. Também são um importante exemplo para alguns que insistem em radicalizar posições e fazer o "nós contra eles".
E essas palavras são no sentido de que não se deve deteriorar relações entre Estados devido a posições momentâneas de momento, e muito menos devido a posições ideológicas dos governos que ora estejam exercendo o poder. Claro, tal afirmação perde a validade quando as ações do governo de momento buscam interferir e minar assuntos internos de outros Estados.
Então a posição de Luis Montenegro faz total sentido, até porque ele sabe que a situação no Leste europeu não foi um rompante intempestivo russo. Importantes Generais das Forças Armadas Portuguesas têm analisado a situação, têm colocado as contradições intrínsecas da aliança atlântica, e deixam claro que a aliança atlântica comete erros e distorções, mas eles são parte dela, e por isso mesmo devem manter as posições. O mesmo passa com o governo português.
Atualmente a geopolítica indica uma mudança de paradigma, um reordenação de poder mundial. Isso parece estar ocorrendo de forma acelerada, até pelos erros cometidos pela aliança ocidental, mas esse ritmo pode diminuir, pode estagnar, ou pode até mesmo retroceder, dependendo das posições se alterando ou não.
Então destruir relações históricas e cordiais com povos irmãos devido a posições contraditórias e distorcidas não são uma decisão geopolítica inteligente, e quem não consegue entender isso não tem condições de assumir cargos de responsabilidade em país nenhum, ainda mais quando esses países são coadjuvantes, ou até mesmo vassalos dos carros chefes da geopolítica.
Quem mistura posições de Lula com relação com Brasil "não está à altura de assumir cargos"
Luís Montenegro considera que apesar de haver uma divergência profunda do ponto de vista dos princípios em relação à guerra na Ucrãnia, não significa que "desrespeitemos o povo brasileiro que o Presidente do Brasil representa".
O presidente do PSD distinguiu esta segunda-feira as posições do Presidente do Brasil sobre a Ucrânia da relação entre os dois países, considerando que políticos que as confundem "não estão à altura de assumir cargos de responsabilidade na democracia portuguesa".
Em declarações aos jornalistas no final de uma visita de comboio entre as estações de Agualva-Cacém e o Rossio, Luís Montenegro foi questionado se contava encontrar-se com Lula da Silva na próxima semana, depois de o vice-presidente do PSD Paulo Rangel ter instado no domingo o Governo a demarcar-se das declarações do Presidente brasileiro de que a União Europeia, NATO e EUA estão a estimular a guerra na Ucrânia.
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