A Destruição da Previdência passou em primeiro turno na Câmara. Como milagres coletivos acontecem apenas de milhares em milhares de anos, e o último não tem nem 100 anos, então podemos dizer que a chance de ser aprovada em segundo turno e seguir célere e saltitante para o Senado é de algo próximo a 100%. Como na Câmara Alta já há acerto para repartir em 2 a Destruição, mantendo a parte pior para a população intacta, e incluindo outros atores políticos na segunda parte, podemos também supor que o pior estará completamente aprovado, no máximo, pelo final do terceiro trimestre, e a parte alterada até o final do ano, após voltar para ratificação pela Câmara Baixa.
A aprovação era mais que esperada, e a renovação do Congresso, que conseguiu piorar ainda mais sua composição, possibilitou um texto, que por um lado mantém privilégios absurdos de algumas categorias do Estado, que mais se parecem com castas, e espreme ainda mais o trabalhador de classe média, seja ele funcionário público ou de empresa particular.
E como já era esperado, categorias mais destituídas de riqueza foram relativamente poupadas, como os trabalhadores rurais, e os usuários do BPC.
Sacrifícios são necessários de todos os lados, se quisermos implementar um país mais justo, mas já não existe mais espaço para apenas uma parte de uma classe social pagar a conta.
No final, a verdade é que os que têm dinheiro e condições reais de promover uma verdadeira revolução econômico-social no país, mais uma vez foram deixados intocados, em seu projeto mesquinho de acumulação de riqueza, pouco se importando com o futuro do país, e ainda menos de seu povo.
A destruição de ontem apenas produzirá um país ainda mais desigual, sem perspectiva, e sem futuro.
Parabéns aos envolvidos!
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