Entrevista muito interessante de José Mujica, ex-presidente uruguaio, e que se tornou figura icônica na América Latina e na Europa. O Velho Combatente pelas minorias dá show de humildade, de entendimento de mundo e de direção às esquerdas.
A propósito, vejam nossa postagem da última terça-feira e tenha uma ideia dos motivos pelos quais o tráfico de drogas segue forte.
Aí vemos fazendas, helicópteros, aviões, todos de políticos, e todos sendo usados no tráfico, mas nenhum deles tem ligação com os fatos?
Bem, ao menos é o que dizem investigações sobre eles.
Outro ponto importante é a questão de transformar pobres em consumidores, mas não em cidadãos. Tarefa difícil reverter tal destino, mas é algo a ser trabalhado pelo campo progressista, se quiser ter um mínimo de chance de voltar ao poder, e sobretudo de mudar os destinos de seus povos.
Outro ponto importante é a questão de transformar pobres em consumidores, mas não em cidadãos. Tarefa difícil reverter tal destino, mas é algo a ser trabalhado pelo campo progressista, se quiser ter um mínimo de chance de voltar ao poder, e sobretudo de mudar os destinos de seus povos.
Entrevista curta, mas que diz muito.
E como sempre, o link para a matéria completa está no título abaixo. Basta clicar.
Transformamos pobres em consumidores e não em cidadãos, diz Mujica
Em entrevista à BBC News Brasil, o ex-presidente do Uruguai José Mujica reforça uma admissão de culpa sobre o que considera ter sido uma falha dos governos de esquerda na América Latina.
"Conseguimos, até certo ponto, ajudar essa gente (pobres) a se tornar bons consumidores. Mas não conseguimos transformá-los em cidadãos", diz ele em Los Angeles, nos Estados Unidos.
Mujica estava na cidade por causa de dois filmes que retratam momentos de sua vida: o longa de ficção A Noite de 12 Anos, do uruguaio Álvaro Brechner, e o documentário El Pepe,Una Vida Suprema, do sérvio Emir Kusturica.
O primeiro, pré-selecionado pelo Uruguai na disputa por uma indicação ao Oscar de filme estrangeiro, acompanha a militância do ex-presidente e de companheiros nos anos 1970 na guerrilha urbana Tupamaros. O segundo foca em sua vida pessoal e em suas ideias. As filmagens de Emir Kusturica começaram em 2014, durante os últimos dias de sua presidência.
Questionado sobre sua opinião em relação ao novo presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, Mujica diz acreditar que "talvez as promessas sejam piores do que a realidade" e aventa dificuldades no governo do capitão reformado.
"O ministro da economia, superfavorável a um mercado aberto, superliberal, vai ter que lidar com a burguesia de São Paulo, a mais protecionista que existe na América Latina. Como se resolve uma contradição dessas?", pergunta.
Mujica também falou sobre crise migratória, legalização das drogas e expansão da direita na América Latina.
Confira os principais trechos.
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