Por parte do ex-juiz sim, por parte dos parlamentares, nem tanto.
Moro voltou com a ladainha mal enredada de que isso é uma armação, um truque, uma cilada, de ter sido hackeado, tudo engendrada por uma quadrilha, que quer apenas soltar conhecidos e provados bandidos. Também insistiu na estúpida defesa de que é crime, mas se não for foi alterado, e se não foi não tem nada de mais. Ou seja, Moro insiste na mesma linha tortuosa, pouco republicana, pouco democrática, e que plantou nulidades por todos os processos em que atuou, incluindo o de Eduardo Cunha. Isso não é de hoje, e os diálogos divulgados pelo The Intercept apenas mostram como elas foram decididas, como elas foram gestadas, mas elas estavam, e estão aí, para quem quiser ver. E não precisa nem ter muito boa vontade.
Houve uma mudança na forma como os deputados atuaram em relação a como os senadores o fizeram. Os defensores e acusadores estavam lá, tal qual o que ocorreu no Senado, mas houve mais preparo na Câmara, principalmente por parte daqueles que cobram Moro pelos desvios cometidos, e que não ocorreram apenas na Lava-jato, já que as próprias divulgações mostram que isso era prática costumeira do ex-juiz.
No fim das contas Moro permanecerá, ao menos por enquanto, mas as maiores bombas ainda não foram lançadas.
A questão é se elas o serão?
Porque os ataques mais sérios a Glenn Greenwald já começaram. Ele tem a fibra e o histórico de resistir brava e brilhantemente. Vamos ver se os ameaçadores brasileiros são mais eficazes que os norte-americanos
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