A reportagem abaixo, veiculada pelo site UOL, é interessante, e por um aspcto apenas. Esse aspecto é o que as indústrias nacionais estão periclitantes, seguem definhando, e a desindustrialização aumentou o ritmo durante os primeiros 180 dias de governo Bolsonaro. Só para lembrar, Nestlé e Deca fecharam as portas no Rio Grande do Sul, Ford em São Paulo, isso para ficar com empresas conhecidas e de alcance nacional. Mas se indústrias desse porte estão fechando as portas, imaginem o que não está acontecendo com pequenas e médias empresas do setor. Mais de 13.000 fecharam as portas desde o final do governo Dilma, com pico no governo Temer, e retomada com Bolsonaro. Só para constar, isso também se aplica ao comércio, onde quase 230.000 pontos comerciais fecharam as portas nesse período.
Da reportagem da UOl é apenas isso, a desindustrialização brutal do país, que se aproveita com totalidade, e a necessidade de reformas se aproveita apenas parcialmente.
Por que dizemos isso?
Porque as reformas que o governo Bolsonaro estão aplicando não irão melhorar em nada para industriais, comércio, e qualquer um que produza e precise de mão de obra. Porque essas medidas são todas recessivas, e provavelmente levarão o país a ainda mais retrocesso e perda de competitividade, antes de estagnarmos novamente a economia. Se aliarmos isso a medidas puramente entreguistas e subservientes, a acordos internacionais mal alinhavados, e a desvio das instituições públicas, e perda de credibilidade do país como um todo, teremos um retrocesso muito acentuado nos próximos anos.
Isso não é teoria do desastre, nem torcida pelo "quanto pior melhor", apenas uma constatação simples e óbvia. O Capitalismo, ainda mais com o nível de produtividade que logrou alcançar nas últimas décadas, depende fundamentalmente de consumo, e esse consumo é dado por uma população que tenha acesso a boa base salarial, e crédito barato e responsável.
Todas as políticas adotadas pelo atual governo são limitadoras de crédito, destroem o poder aquisitivo da população, e privilegiam apenas o setor financeiro, que não produz nada, e apenas drena a riqueza produzida pelos outros setores. Ou seja, são medidas recessivas, e que irão apenas agravar os problemas do país.
Então essas reformas aplicadas por esse governo não irão resolver os problemas que as empresas do Simpi, liderado pelo Sr. Joseph Couri, estão enfrentando. E tanto quanto os problemas enfrentados pela indústria e o comércio nacional, preocupa muito o fato de seus líderes não conseguirem enxergar o óbvio, ou seja os motivos pelos quais enfrentam as atuais dificuldades.
Pequenas indústrias criticam governo e falam em apagar luz e ir embora
Vladimir Goitia Colaboração para o UOL, em São Paulo 08/06/2019 04h00
O sindicato que representa a micro e pequena indústria (MPI), responsável por 26% do PIB (Produto Interno Bruto) industrial do Brasil, critica o fato de o governo Bolsonaro não ter conseguido até agora avanços que ajudariam sua atividade, como juros e impostos mais baixos, redução da burocracia e parcelamento de dívidas.
Além disso, avalia que o país corre sério risco econômico. Se as reformas da Previdência e tributária não forem aprovadas nos próximos 90 dias será "melhor apagar as luzes e ir embora do país", disse Joseph Couri, presidente do Simpi (Sindicado da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo) e da Assimpi (Associação Nacional dos Simpi)
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