quarta-feira, 28 de agosto de 2019

O imbróglio com Macron

Os últimos dias foram marcados por intenso bate-boca entre membros do Governo Brasileiro e o Presidente francês Emmanuel Macron. Quando o mundo e parte dos brasileiros se solidarizaram com o francês, e os seguidores fiéis do Governo Brasileiro se uniram em retaliações ao francês. As mentes mais esclarecidas da oposição brasileira apontaram os erros dos dois lados, mas não são tão claras em dizê-lo, que é o que tentarei fazer aqui.

A confusão começou quando Macron disse que pediria ao G7 em sua reunião anual, que este ano foi na França, que fossem tomadas medidas sobre as enormes queimadas que tomam conta da amazônia nas últimas semanas. Na oportunidade o presidente francês ameaçou também com represálias, e a principal seria a França impedir a aprovação do acordo de comércio entre Mercosul-EU. Notem que Macron foi duro, mas foi exclusivamente político, inclusive no fato de provocar a sempre excessiva reação do Presidente Brasileiro.

Claro que a fala de Macron teve um tom agressivo e intervencionista, além de vir com uma foto anacônica, só que a resposta de Bolsonaro jamais poderia ter tido o exagero que mostrou, jamais poderia ter se baseado em dados e informações erradas, e ainda ter sido absolutamente rude e sem nenhuma noção de civilidade para com a esposa do francês.

Macron errar era prato cheio para o Brasil colocá-lo contra as cordas, e ainda chegar com vantagem para obter ganhos para o país e melhora na já combalida situação diplomática que o Brasil ocupa no momento.

A resposta descabida inverteu a lógica, e quem acabou nas cordas foi o Brasil.

Mas a situação diplomática brasileira não está combalida a toa. São muitas pataquadas nos últimos 3 anos, mas principalmente nos últimos 8 meses, e isso tem um preço, normalmente alto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário