domingo, 18 de agosto de 2019

Resumo político da semana - 12-18/08

Ok, entendo perfeitamente que a política real não é, e nem pode ser, a disputa acirrada e estremada das redes sociais, mas o vídeo que Freixo gravou com Janaína Pascoal só serviu para... nada. A Musa do Impeachment mostrou apenas aquilo que ela é, um ser que não sabe exatamente aonde está no espaço, nem mesmo que espaço é este. Por sua vez, Freixo também mostrou que não entende o que está acontecendo. Como eu disse, a questão não é conversar, mas com quem conversar. Janaína apenas oscila entre a extrema direita, e uma direita mais palatável, de acordo com seus interesses políticos mais imediatos, ou seja uma política de direita tradicional no pior dos sentidos. Freixo é um dos grandes representantes do identitarismo, que acha que vai convencer essa turma com palavras - não vai. No máximo será enganado, como aconteceu nos últimos 14 anos de PT, porque na primeira oportunidade, golpe.

Bolsonaro volta a falar besteiras. Agora foi dizer que Dallagnol é de esquerda. Com uma bobagem dessas o Presidente apenas confirma, mais uma vez, que não faz a menor ideia do que é esquerda, direita, centro, ou qualquer outro conceito ligado à política. Para ele esquerdista é todo aquele que o atrapalhe em algum sentido. Um uso completamente equivocado e deturpado do termo.

Em mais um capítulo da Vaza-jato, o Chefe da Lava-jato, Deltan Dallagnol tentou interferir na escolha do novo relator do processo do Petrolão. O Vem Pra Rua e o Instituto Mude-Chega de Corrupção foram usados para tentar influenciar na escolha do Ministro do Supremo que seria o novo relator da Lava-jato. Para isso foi usada a também procuradora Thamea Danelon, que várias vezes intermediou o contato com esses grupos. É um procurador da república tentando interferir em um processo interno do STF. Além de absolutamente anti-ético, também é absolutamente criminoso, porque tenta influenciar em um assunto interno da mais alta corte brasileira. Não é permitido ao MPF agir politicamente, mas tão somente dentro da legalidade e de suas atribuições, como este tipo de influência é política, a ação da Lava-jato se torna criminosa.

E o The Intercept tem mais um site colaborador, o Buzzfeed, que iniciou sua participação com tudo, com uma matéria que mostra que Moro teria instruído a Lava-jato a não apreender os celulares de Eduardo Cunha. Com isso uma série de provas e indícios, que poderiam levar a novas linhas de investigação podem ter sido evitados, protegendo assim muitas pessoas e políticos do relacionamento do ex-Deputado. Mais uma interferência mais do que indevida do ex-Juiz.

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