Parece título de seriado americano dos anos 70, mas não passa de polêmica criada por um Senador, que quando era Deputado Estadual na ALERJ, praticou o crime de peculato por anos.
"Mas ele não foi julgado e nem condenado".
Verdade, mas existem provas, existem delações, testemunhos, e existem confissões. O fato de o STJ ter, a poucos dias, anulado a quebra do sigilo fiscal e bancário do atual Senador, pode fazer com que o processo contra ele volte à estaca zero, mas não desfaz o fato de que muitas das provas e confissões existem, foram colhidas corretamente, e nem de que as ações criminosas tenham acontecido.
A polêmica maior se dá porque ele é o filho mais velho do atual Presidente da República, que por sua vez, também tem indícios fortes de ter praticado esses crimes enquanto era Deputado Federal.
Fora isso temos a estratosférica soma de aproximadamente R$ 6 milhões como valor da mansão adquirida, o que é totalmente incompatível com os rendimentos de um político. Se levarmos em conta o histórico desse político, aí é que a coisa fica ainda mais suspeita.
Que se investigue, mas que fique claro que esse não é o único caso, e que os outros também precisam explicar valores e origem do dinheiro para o patrimônio exorbitante que acumulam durante seus mandatos, e que são completamente incompatíveis com os salários que recebem.
A propósito, mais do que cadeia, o que realmente pune o desvio de dinheiro público é a devolução das quantias desviadas, com a respectiva atualização financeira, e multas pesadas sobre os valores desviados. Claro, a cadeia vem como acessório obrigatório.
E com inquéritos e investigações bem feitos, porque evita a possibilidade de anulação por erros processuais, e a sensação de impunidade para os crimes do colarinho branco, que se tornou comum na população do país.
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