sexta-feira, 5 de março de 2021

A Casa de Seis Milhões de Reais

Parece título de seriado americano dos anos 70, mas não passa de polêmica criada por um Senador, que quando era Deputado Estadual na ALERJ, praticou o crime de peculato por anos. 

"Mas ele não foi julgado e nem condenado". 

Verdade, mas existem provas, existem delações, testemunhos, e existem confissões. O fato de o STJ ter, a poucos dias, anulado a quebra do sigilo fiscal e bancário do atual Senador, pode fazer com que o processo contra ele volte à estaca zero, mas não desfaz o fato de que muitas das provas e confissões existem, foram colhidas corretamente, e nem de que as ações criminosas tenham acontecido.

A polêmica maior se dá porque ele é o filho mais velho do atual Presidente da República, que por sua vez, também tem indícios fortes de ter praticado esses crimes enquanto era Deputado Federal.

Fora isso temos a estratosférica soma de aproximadamente R$ 6 milhões como valor da mansão adquirida, o que é totalmente incompatível com os rendimentos de um político. Se levarmos em conta o histórico desse político, aí é que a coisa fica ainda mais suspeita.

Que se investigue, mas que fique claro que esse não é o único caso, e que os outros também precisam explicar valores e origem do dinheiro para o patrimônio exorbitante que acumulam durante seus mandatos, e que são completamente incompatíveis com os salários que recebem.

A propósito, mais do que cadeia, o que realmente pune o desvio de dinheiro público é a devolução das quantias desviadas, com a respectiva atualização financeira, e multas pesadas sobre os valores desviados. Claro, a cadeia vem como acessório obrigatório. 

E com inquéritos e investigações bem feitos, porque evita a possibilidade de anulação por erros processuais, e a sensação de impunidade para os crimes do colarinho branco, que se tornou comum na população do país.

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