sexta-feira, 29 de abril de 2022

A queda de Moro, e a abertura a Ciro

Thomas Traumann relatou os acontecimentos que levaram a saída de Moro da corrida presidencial, e à abertura de uma porta para Ciro construir sua candidatura com mais consistência. E nós aqui vamos comentar tudo isso. Por sinal dê uma lida no artigo, porque é muito interessante.

Bem, o próprio Traumann conclui seu artigo dizendo que toda essa sequência de fatos não passaram de uma sucessão de erros, de trapalhadas políticas, e que tudo isso passa despercebido para o eleitor, que está polarizado entre Lula e Bolsonaro, sendo que essa turma da 3ª via não tem propostas e pensa que basta não ser um nem outro para levar os votos.

Mas claro, Ciro não entra na história de Trumann. Primeiro porque Ciro não é terceira via, e segundo porque ele tem um projeto de país e nação.

Então como a coisa se abre para Cîro?

Simples, com a queda de Moro e a consequente estabilização de Ciro como o 3º nas pesquisas, mas com potencial enorme de crescimento, Ciro passou a ser atrativo eleitoralmente a esses partidos e políticos que se recusam a uma adesão automática aos dois líderes despolitizantes da corrida eleitoral. Isso fez com que Ciro voltasse a ter um diálogo mais aberto com todos esses partidos, até porque Moro já não está mais nessa mesa de debates, e Ciro já havia dito que não conversaria com Moro (Ciro o considera um inimigo da República). E em política não há acordo, ou aliança eleitoral, sem conversa. Ou seja, toda a movimentação das últimas duas semanas apenas melhorou as condições de conversa entre Ciro e PDT com os outros partidos que não querem apoiar os dois primeiros colocados das pesquisas.

Mas se é simples o motivo de a coisa ter melhorado para Ciro, a verdade é que um eventual acordo com os partidos que não querem apoiar o atual nem o antigo Presidente não é tarefa fácil de ser costurada. Une com certa facilidade o interesse de derrotar os dois líderes das pesquisas, mas os afastam (e bastante) os preceitos de economia política de Ciro. Como o candidato pdtista diz que não abrirá mão de suas convicções para ser Presidente, então terá que ser negociada uma amenização de seu PND, mas sem descaracterizar o Plano de País e Nação proposto por ele.

Muito barulho por nada 

A desistência de Moro, a volta de Leite e o ziguezague de Doria é uma comédia de erros



THOMAS TRAUMANN 01.abr.2022 (sexta-feira) - 5h50 

Cena 1: No domingo à noite (22.mar.2022), o então governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, telefonou para o presidente do PSD, Gilberto Kassab, e recusou o convite para ser candidato a presidente pelo partido. Ele disse que havia um movimento majoritário dentro do PSDB que ainda defendia o seu nome e que não haveria tempo para uma aliança....
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Por alguma crença maluca, a turma da chamada 3ª via acredita que basta não ser Lula ou Bolsonaro para cair nas graças dos milhões de eleitores. Isso pode ser verdade em alguns escritórios dos centros financeiros na avenida Faria Lima ou nas salas de alguns diretores de algumas redações, mas é só. Quem importa, só enxerga duas opções: Lula ou Bolsonaro. O resto é uma comédia de erros com protagonistas fracos.



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