Thomas Traumann relatou os acontecimentos que levaram a saída de Moro da corrida presidencial, e à abertura de uma porta para Ciro construir sua candidatura com mais consistência. E nós aqui vamos comentar tudo isso. Por sinal dê uma lida no artigo, porque é muito interessante.
Bem, o próprio Traumann conclui seu artigo dizendo que toda essa sequência de fatos não passaram de uma sucessão de erros, de trapalhadas políticas, e que tudo isso passa despercebido para o eleitor, que está polarizado entre Lula e Bolsonaro, sendo que essa turma da 3ª via não tem propostas e pensa que basta não ser um nem outro para levar os votos.
Mas claro, Ciro não entra na história de Trumann. Primeiro porque Ciro não é terceira via, e segundo porque ele tem um projeto de país e nação.
Então como a coisa se abre para Cîro?
Simples, com a queda de Moro e a consequente estabilização de Ciro como o 3º nas pesquisas, mas com potencial enorme de crescimento, Ciro passou a ser atrativo eleitoralmente a esses partidos e políticos que se recusam a uma adesão automática aos dois líderes despolitizantes da corrida eleitoral. Isso fez com que Ciro voltasse a ter um diálogo mais aberto com todos esses partidos, até porque Moro já não está mais nessa mesa de debates, e Ciro já havia dito que não conversaria com Moro (Ciro o considera um inimigo da República). E em política não há acordo, ou aliança eleitoral, sem conversa. Ou seja, toda a movimentação das últimas duas semanas apenas melhorou as condições de conversa entre Ciro e PDT com os outros partidos que não querem apoiar os dois primeiros colocados das pesquisas.
Mas se é simples o motivo de a coisa ter melhorado para Ciro, a verdade é que um eventual acordo com os partidos que não querem apoiar o atual nem o antigo Presidente não é tarefa fácil de ser costurada. Une com certa facilidade o interesse de derrotar os dois líderes das pesquisas, mas os afastam (e bastante) os preceitos de economia política de Ciro. Como o candidato pdtista diz que não abrirá mão de suas convicções para ser Presidente, então terá que ser negociada uma amenização de seu PND, mas sem descaracterizar o Plano de País e Nação proposto por ele.
Muito barulho por nada
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