sexta-feira, 1 de abril de 2022

O Bem contra o Mal?

Os dois despolitizantes, Presidente e ex-Presidente, tentam levar a campanha presidencial deste ano como uma briga do bem contra o mal. Claro, muito óbvio, que ambos se chamam de bem, e dizem que o outro é o mal.

Mas a pergunta é: bem pra quem, e mal pra quem?

E enquanto despolitizam transformando o debate político numa confrontação de sentimentos, de percepção pessoal da realidade, se eximem solenemente de discutirem políticas públicas e dar soluções para os problemas do país.

Lula ainda fala algumas coisas, como reduzir preço do combustível, e melhorar salários e empregos, mas não diz como, até porque está cada vez mais comprometido com as forças que trouxeram o país a essa situação catastróficas, às quais ele sempre serviu de forma acrítica e bovina.

Mas Bolsonaro, bem, este não fala nada, até porque a única coisa que interessa a ele é ter o cargo eletivo, e acesso a benesses como um cartão corporativo que ele usa de forma irresponsável e abusiva.

Por sinal, no Segunda Chamada (Canal MyNews) de 28/03/22, uma das mulheres que estava no debate disse que o Presidente Bolsonaro saiu de férias, e que o candidato Bolsonaro havia assumido. Na verdade eu gostaria de saber quando o Presidente Bolsonaro assumiu, porque desde o início deste governo Bolsonaro apenas faz campanha, seja pela reeleição, seja na tentativa de um autogolpe.

A política brasileira definitivamente se resumiu a uma disputa para saber quem terá as chaves do cofre. Povo? Desenvolvimento? Plano de Governo? Projeto de Nação? Isso só se sobrar tempo, e dinheiro, algo cada vez mais escasso, já que vai tudo para o rentismo.

Bolsonaro discursa em evento do PL e fala em "luta" política contra adversários; veja Tweets
No ato de filiação do PL, o presidente Jair Bolsonaro discursou sobre as eleições de 2022 e disse que não serão uma "luta de esquerda contra direita" mas uma "luta de bem contra o mal". Ao longo da semana, Bolsonaro havia dito que evento neste domingo lançaria sua pré-candidatura, mas PL afirmou que se trata de um ato de filiação ao partido. Jornalistas apontam que decisão do partido foi tomada para que evento não fosse considerado campanha eleitoral antecipada.

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