domingo, 17 de abril de 2022

Fusão nuclear em desenvolvimento

A ideia de termos geradores de fusão não é nova. Elas já aparecem em séries de ficção científica ao menos desde meados do século passado e não à toa. Se tivermos geradores de energia baseados na fusão nuclear nossos problemas de energia estariam resolvidos. Pelo menos a princípio.

Isso porque "Dominar a técnica da fusão nuclear seria a solução para esses problemas. Faz todo sentido. Tal fonte de energia é abundante: fundir átomos controladamente libera 4 milhões de vezes mais energia que a queima de petróleo e quatro vezes mais que a fissão nuclear."

Mas ainda estamos distante desse dia.

A propósito, o Sol, e as estrelas em vida são imensos geradores de fusão. No caso das estrelas a fusão se dá pela gigantesca pressão causada pela gravidade que comprime a poeira estelar e cria o plasma superaquecido que funde átomos. No caso dos experimentos coreanos a ideia parece ser superaquecer o plasma de forma artificial.


‘Sol Artificial’ da Coreia do Sul estabelece novo recorde mundial de plasma de alta temperatura

Por David Nield
Publicado na ScienceAlert

Cientistas acabam de estabelecer um novo recorde mundial de plasma sustentado de alta temperatura com o dispositivo Korea Superconducing Tokamak Advanced Research (KSTAR), atingindo uma temperatura de íons acima de 100 milhões de graus Celsius por um período de 20 segundos.

Conhecido como o “sol artificial” da Coreia, o KSTAR usa campos magnéticos para gerar e estabilizar plasma ultraquecido, com o objetivo final de tornar a energia de fusão nuclear uma realidade – uma fonte potencialmente ilimitada de energia limpa que pode transformar a forma como abastecemos nossas vidas, se conseguirmos fazer com que funcione como pretendido.

Antes desse marco, 100 milhões de graus não haviam sido mantidos por mais de 10 segundos, então é um avanço substancial em relação aos esforços anteriores – mesmo que ainda haja um longo caminho a percorrer antes que possamos nos livrar completamente de outras fontes de energia. Neste ponto, a energia de fusão nuclear continua sendo uma possibilidade, não uma certeza.



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