Economia não cresce e a maioria da população empobrece, enquanto as 240 maiores empresas de capital aberto ampliaram suas taxas de lucro nos últimos anos
São Paulo – Mesmo ante o crescimento praticamente zero da economia brasileira nos últimos anos, o apetite da “megaburguesia” do país é cada vez maior. É o que revela estudo produzido pelo professor de Economia Eduardo Costa Pinto, vice-diretor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IE-UFRJ). Desde 2016, com a chamada “Ponte para o Futuro” do governo Temer, aprofundada por Bolsonaro, os lucros dessa parcela da população crescem a “taxas chinesas”, afirma.
Nesse período, no entanto, a economia brasileira vem andando praticamente de lado. Entre 2017 e 2019, o PIB variou entre 1,3% e 1,8%. Em 2020, primeiro ano da pandemia, veio o tombo de -3,9%, seguido de alta de 4,6%, no ano passado. Por outro lado, em 2021, a taxa de lucro das 240 maiores empresas de capital aberto cresceu 22%, quase cinco vezes mais que o PIB do país.
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