sexta-feira, 20 de maio de 2022

Povo quer festa, governos guerra

Os dois anos de pandemia causaram seríssimos prejuízos a muita gente. Na Europa existe uma ampla parte da população que vive das festas de rua. São feiras e eventos que mobilizam vilas e cidades inteiras, que juntam dezenas de milhares de pessoas, e movimentam comércio e rede de hospedagem em muitas partes do país. 

E os europeus gostam dessas festas, estavam ávidos a retomarem esse costume, e a aproveitarem, principalmente nessa época do ano, em que o clima é mais ameno. Mesmo com a inflação altíssima, que era impensável até poucos meses atrás no continente europeu, a ânsia por estarem livres nas ruas supera as preocupações econômicas.

Enquanto isso os líderes diplomáticos europeus se reuniram em Berlim para discutir a adesão da Suécia e da Finlândia à OTAN. A decisão fere tratados de neutralidade que remontam ao final da Segunda Guerra, quando a Finlândia, por exemplo, foi derrotada pelos russos após ter se aliado ao nazistas. Com uma fronteira enorme, que atinge os 1.340 km com a Rússia, a neutralidade dos finlandeses é considerada fundamental pelos russos para a sua segurança. Com isso os russos já iniciaram as retaliações à decisão finlandesa e cortaram o fornecimento de eletricidade ao país vizinho, assim como já haviam cortado o fornecimento de gás aos poloneses e búlgaros.

A questão não é quem tem ou deixa de ter razão, mas o fato de que a Europa e o Ocidente vem tratando a Rússia como inimiga, ainda que esta tenha passado anos dando sinais de que queria buscar uma maior aproximação. Essa postura nos leva a entender que o Ocidente não apenas quer, ele busca esse enfrentamento, e irresponsavelmente ignora o risco de que um conflito dessa natureza possa evoluir para o uso de armas nucleares, até porque isso faz parte da doutrina militar russa.

A diplomacia é deixada de lado propositalmente e a guerra é incentivada e apoiada, as provocações desnecessárias se sucedem, tratados históricos são ignorados, e a tensão cresce.

Enquanto o povo quer voltar ao normal, viver suas vidas tranquilamente, seus governos buscam tensões desnecessárias e a uma guerra que ceiva vidas inutilmente.


‘Bruxas’ acorreram em massa e Montalegre viveu sexta-feira 13 mais concorrida de sempre

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Foto: CM Montalegre

Cerca de 50 mil pessoas passaram pela vila de Montalegre durante a última sexta-feira 13, data que aquele município celebra com uma noite de ‘bruxas’ e ‘demónios’. Os números foram avançados pela organização, a cargo da Câmara de Montalegre, e citados pela RTP.

Foto: CM Montalegre

Foto: CM Montalegre

Foto: CM Montalegre

Foto: CM Montalegre

Foto: CM Montalegre

Estes festejos, que decorrem em todas as ruas da vila há cerca de 20 anos, ocorrem sempre que calha uma sexta-feira 13, de forma a “transformar um dia de azar num dia de sorte”. Este ano, só houve esta, algo que pode ter explicado esta enchente, aliada aos dois anos de interregno por causa da pandemia.

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