quarta-feira, 6 de julho de 2022

EUA entrará em recessão?

Vale a pena ler o artigo da Bloomberg Linea abaixo. A projeção de Larry Summers para a economia americana é interessante, e como o enorme mercado importador que é, pode aumentar a pressão recessiva em outras partes do mundo também.

Mas quando se vê a projeção de Summers não podemos levar em conta apenas a retração dos salários americanos e o processo inflacionário que o gigante boreal vive. Também é preciso dar muita atenção a uma série de fatores que influenciam esse processo. 

É certo que os dois anos de pandemia tiveram um efeito notadamente desastroso em algumas cadeias produtivas, só que a pandemia não é o único fator a minar a economia americana. Os lock-downs programados na China, justificados ou não, têm tido impacto forte na cadeia produtiva americana, e têm causado a carência, e consequente aumento de preços, em muitos itens de consumo. Na alimentação salta aos olhos a série de incêndios em fábricas de alimentos processados (mas não se resumem a elas), assim como a gripe aviária que ataca as terras de Tio San, e que já matou mais de 19 milhões de aves.
 
Todo esse processo já faz com que algumas redes de supermercados, e mesmo alguns estados americanos venham a racionar alguns produtos alimentícios, algo impensável e inaceitável para a consumista sociedade americana, e vai de produtos industrializados ao leite em pó infantil, base da alimentação de bebês.

A inflação americana é causada, principalmente, por uma quebra na produção e carência da oferta de produtos. A recessão irá retirar muita gente do mercado consumidor, mas não irá resolver o problema dos yankees, que é uma profunda desestruturação em sua cadeia produtiva ao ter apostado em um mundo em que reinariam para sempre, em que ditariam as regras internacionais, e em que todos se conformariam em atuar segundo suas deliberações.

Como diria Garrincha, talvez eles tenham esquecido de combinar com os russo, e agora com os chineses também. 

Ex-secretário do Tesouro diz à Bloomberg TV que riscos de contração por dois trimestres seguidos aumentam, o que aliviaria a pressão sobre a inflação

Bloomberg Linea - O ex-Secretário do Tesouro americano Lawrence Summers disse que há um risco crescente de que a recessão iminente que ele já havia antecipado comece mais cedo, ainda em 2022, e que a inflação possa desacelerar como uma das consequências.





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