quarta-feira, 13 de julho de 2022

Livros são solução?

Não deixa de ser interessante o texto de José Eduardo Agualusa. Bem, não vou entrar na história dele de vizinho neonazi, nem de taco de basebol. Pode ser verídica ou não, não vem ao caso. Para quem, como ele, acha que livros e educação são solução para a doença mental de muitos, então só lamento informar-lhes, mas estão muito enganados. 

Provavelmente a Europa é o continente com maior nível de escolarização do planeta, e se é verdade que costumam apresentar níveis de violência interna bastante baixos em relação ao resto do mundo, também é verdade que não se importam em exportar e promover violência em outros continentes e países, sempre que isso atenda a seus interesses. E claro, mesmo essa "paz" europeia é mantida através de muita coerção, ainda que exercida de forma sutil, mas dura e implacável.

Com isso não quero dizer que os livros não são importantes, não são necessários, e em certo ponto podem até mesmo disfarçar a violência. Mas disse e reafirmo que eles estão longe de ser a solução para a violência.

Então o que pode ser a solução?

Apenas um pacto social digno do nome, onde a violência não seja tolerada, onde os violentos sejam exemplarmente afastados da sociedade, onde as Polícias e a Justiça atuem de forma dura, leal e legal no enfrentamento a esse mal social, onde líderes políticos e instituições não acobertem atos desse tipo, e onde a população possa realmente se sentir protegida.

Utopia? Bem, é o que a Europa faz, mesmo que ela exporte sua violência interna reprimida a outros povos.




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