quarta-feira, 27 de julho de 2022

Fogo no Parquinho

Após as últimas movimentações lulistas em direção a mais um apoio vindo de Michel Temer, artífice principal do golpe de 2016, em que a ex-Presidente foi derrubada sem as bases jurídicas para tal, criaram um mal-estar dentro do lulopetismo. Isso se concretizou na forma de uma carta pública divulgada por Dilma Roussef e endereçada a Michel Temer, após este ter elogiado a ex-Presidente e dito que ela é uma pessoa honesta e ilibada.

Apesar disso, a carta e as "unhadas" entre Dilma e Temer dão mostra da profunda contradição que existe na frente lulopetista, em que mais uma vez o ex-Presidente, e atual candidato a um terceiro mandato, reúne setores supostamente antagônicos, como psolistas, Socialistas, Comunistas e fisiológicos do MDB, no combate a um movimento fascista que o próprio Lula protegeu durante todo o tempo em que esteve solto, e que ajudou a eleger de dentro da cadeia, pelo simples temor de que se criassem novas lideranças no setor progressista que não estivessem debaixo de sua batuta.

Dilma não foge ao fato de estar debaixo da batuta lulista, vencida que parece ter sido na disputa interna que tentou criar dentro do partido, mas sua carta mostra que "painho" está passando de todos os limites em sua ânsia de poder pelo poder. Sim, porque não pretende mudar em nada a sociedade brasileira, não tem nenhuma intenção de alterar objetivamente os destinos do povo brasileiro, mas já afirmou com palavras e gestos que apenas pretende administrar o atual modelo de superexploração da população brasileira por uma elite descompromissada com qualquer projeto de nação, ou de avanço para o povo. Algo muito semelhante ao que o próprio Bolsonaro também faz, por isso digo que são apenas duas facções que disputam o privilégio de administrar esse sistema e adquirir algumas benesses próprias com o acesso às chaves do cofre.




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